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Tem rap no jazz de Joabe Reis; “028” comprova isso

No seu segundo álbum, o trombonista capixaba faz uma homenagem a sua cidade natal com releituras instrumentais de clássicos da música BR e referências do hip hop.

Mais uma vez, o jazz do trombonista Joabe Reis se encontrou com o rap. Essa fusão já tinha acontecido nos singles “Afgg”, presente no álbum “Crew In Church”, feito com Kivitz, e “I Just Wanna Breathe”, que tem versos do Síntese. Agora, ele expande o seu repertório de jazz-rap com o álbum “028”, fazendo um retorno aos primeiros acordes feitos em Cachoeiro de Itapemirim, cidade onde nasceu no Espírito Santo (ES)

Essa volta às origens está mais relacionada ao ambiente que Joabe viveu do que com os ritmos tradicionais do estado, como o Congo Capixaba. O título faz referência ao DDD local, cada nota representa seus passos naquelas ruas e alguns temas foram batizados com o nome de bairros do município: “IBC”, “Vila Rica” e “Aquidaban”. Cada um deles serve de guia para uma viagem, que começa com uma versão instrumental jazz-funk de “Asa”, do Djavan.

Diferente do anterior, “028” tem mais camadas eletrônicas. Porém, quem conta as histórias, mesmo não usando a linguagem falada, são os metais (os sopros). De forma criteriosa, o músico escolheu instrumentistas que estão no alto escalão da – chamada – virtuose artística brasileira, dentro e fora do jazz. Na ficha técnica estão Sidmar Vieira (trompete), José Lopez Ferreira (Sax Tenor) e Michael Pipoquinha (Baixo Elétrico). Os dois primeiros, acompanhados de Gabriel Grossi (Harmônica) e do saxofonista estadunidense Bob Mintzer, jazzista que já tocou com Sam Jones, Buddy Rich e Bob McFerrin, se unem a Joabe na temperada releitura de “Partido Alto”, clássico de Airto Moreira, José Roberto Bertrami e Flora Purim.

Ao longo dela, Mintzer faz um solo, enquanto os demais conversam entre si. É uma ode justa a Airto e Flora, dois grandes nomes que elevaram o status do jazz brasileiro no mundo. Algumas programações, sintetizadores e beats ficaram sob a responsabilidade do produtor Marcelo Delamare (Baco Exu do Blues), incluindo “Baixo Guandu”, uma das que possui voz. Quem a interpreta é Wesley Camilo. Agridoce, ela mescla a suavidade de Camilo, inclusive nos teclados, com a cadência densa e efusiva da base. Por destoar das demais, causa impacto.

Outra que agrada os ouvidos dos amantes da era de ouro do rap é “BNH”. Apesar do domínio do piano Rhodes, a “cozinha” marca presença com pontuações acentuadas, seguindo o fluxo de um trip-hop “sujo”. Essa é uma das experimentações de Reis. As subidas e descidas equilibram a balança. Para fechar, ele revisita “Se Eu Quiser Falar Com Deus”, de Gilberto Gil. De forma menos efusiva, e com um certo grau de delicadeza, a canção serve como aquele laço vermelho que dá ainda mais beleza à caixa de presente. A balada, cantada por Mirella Costa, tem um quê inspiracional, para fechar os olhos, refletir e deixar ser guiado/a.

Esse flerte com a rua, reafirma a necessidade do jazz chegar a quem transita por ela. Ao unir todas suas influências, Joabe Reis cria um álbum sólido. Não foge muito do seu quadrado, mas surpreende ao revisitar clássicos sem deteriorá-los, como ocorre na maioria das vezes, e por não ficar preso às regras. Também prova a grandeza dos jazzistas contemporâneos que precisam ser reconhecidos dentro do seu território, antes de ganhar visibilidade fora dele.

 

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