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Joabe Reis

Joabe Reis: “I Just Wanna Breathe fala sobre esse sufocamento da cultura que a gente está vivendo”

Na conversa, o trombonista fala da trajetória musical dele, “Crew In Church”, os conceitos de "I Just Wanna Breathe" e seus planos para o futuro.

Eu já tinha ouvido o trombone do Joabe Reis através de músicas de outros artistas. Mas não conhecia efetivamente o trabalho que ele tem feito desde a adolescência. Uma semana antes de falar com ele, tive a oportunidade de ouvir com antecedência as duas peças de “I Just Wanna Breathe”. Imediatamente, ela me levou a viajar pelas belas paisagens sonoras do álbum “Crew In Church” (o primeiro dele), criadas a partir do jazz e estendidas para as mais variadas vertentes da música preta. Por sempre estar envolvido com o gospel, e cada vez mais focado nos estudos do jazz, não sei como deixei passar essa preciosidade da música contemporânea brasileira.

Aos 30 anos, Joabe tem um currículo respeitado: é um dos fundadores do Brasilidade Geral, recebeu duas premiações pela Fundação Cultural Latin Grammy, tocou em diferentes programas da Globo e fez produções musicais e atuou como trombonista e arranjador na companhia de inúmeros artistas brasileiros, incluindo Hermeto Pascoal, Bob Mintzer (EUA), Ivan Lins, Hamilton de Holanda, Nelson Ayres, Ed Motta, Jorge Vercillo, Roberto Menescal, As Bahias e a Cozinha Mineira, Xênia Franca, Tássia Reis, Paula Lima, Iza, Alcione, Emicida, Glória Groove, Rashid, Silva, Anitta, Tiago Iorc, Banda Black Rio, e por aí vai.

Nos encontramos virtualmente no final de tarde de uma terça-feira, 01/06. Joabe é simpático, sorridente, de fala calma e tranquila. Apesar de alguns problemas de conexão, conseguimos conversar por quase uma hora sobre a trajetória musical dele, “Crew In Church”, os conceitos do EP, inspirado no Kanye West, e seus planos para o futuro.

“[…] entre muitas coisas importantes que ele diz, uma delas é me deixe respirar, que é uma referência total não só ao fato do que aconteceu com o George Floyd, mas ao que está acontecendo com nós músicos”.

 

 

Você veio da igreja, né!?

 

Sim, comecei a estudar música na igreja.

 

É meio que tradicional, principalmente no Brasil e nos Estados Unidos, os músicos começarem a tocar na igreja. Aqui, geralmente os instrumentos escolhidos são os mais “tradicionais”: guitarra, baixo e bateria. Mas você escolheu o trombone. Como que foi esse encontro com ele?

 

Pois é, cara… a minha história com o trombone veio depois, porque eu comecei estudando teoria musical na escola de música da igreja com o sax horn, que é um instrumento tradicional de banda marcial… como minha igreja tinha essa cultura, não só na igreja, mas na cidade de Cachoeiro do Itapemirim, onde eu nasci, no interior do Espírito Santo… Aos 10 anos, comecei estudar teoria musical, com 11 anos eu comecei a tocar sax horn na banda e poucos meses depois o maestro me colocou para tocar bombardino, que é um instrumento bem parecido (é só um pouco maior e com outra afinação) e só depois de 9-10 meses eu fui para o trombone, que também era uma necessidade da banda. Eu queria tocar trompete, mas o maestro falou: “não, você vai tocar trombone, porque tá faltando trombone na banda”. E ele era trompetista e eu não tinha professor de trombone. O meu irmão e um tio já tocavam trombone, então eles foram me ensinando algumas coisas e dando uns toques. A minha história com o trombone começou porque era uma necessidade da banda. Mas aí, 3-4 meses depois, quando eu entendi onde ficavam as notas, que foi o processo mais difícil, foi mais relax. Aí eu passei a gostar do instrumento e foi ele que abriu portas lá na cidade, porque meu primo mais velho (Marcos Eduardo), que também é trompetista, começou a me colocar em algumas gravações que em estúdio. Depois disso muitas portas foram se abrindo por causa do trombone.

 

Quais são as diferenças desses instrumentos? Quando você já toca um é fácil se adaptar a outro ou precisa aprender as notas e embocadura novamente?

 

A tubulação do sax horn tem um calibre mais fino do que a do trombone e é outra afinação. Ele é em Mi Bemol, e é de chave (de piston). O bombardino já tem um calibre próximo do trombone (afinado em Dó), com o mesmo bocal, mas afinação é em Si Bemol. Então, eu toquei em um ano três instrumentos com afinações e formas diferentes de tocar. Mas quando se é criança, a gente tem mais facilidade e vai se virando até acertar. Esse processo foi até que rápido.

 

E como aconteceu essa transição da igreja, da banda marcial, para o estúdio, tocar com banda e outros artistas seculares? Foi algo que fluiu naturalmente ou você já queria criar seu próprio caminho e expandir os horizontes?

 

Comecei a gravar com 13 anos com meu primo. O produtor, até então (em 2004) era o Anderson Freire, que também é cantor e compositor gospel. Na época, ele produzia muitos artistas locais, inclusive ganhou o Grammy Latino em 2018 como melhor cantor cristão, e me chamou para participar das produções. Nessa mesma época, vários outros músicos me apresentaram materiais de bandas que eu não conhecia, como Earth, Wind and Fire, Orquestra Tabajara, JJ. Jonson. E eu nunca fiz essa divisão de tocar na igreja e tocar fora da igreja. Muitas pessoas viam esse problema, mas eu só queria tocar com aquelas pessoas que eu ouvia. Então, em Cachoeiro, comecei a trabalhar exclusivamente com artistas gospel. Quando eu mudei para Vitória com 15 anos (2006) eu já tive um contato um pouco mais amplo, tocando com bandas de samba rock, gravando com grupos de pagode. Foi um processo muito natural, e todo o resto veio com estudo.

 

O seu primeiro disco tem muita referência de gospel, soul, R&B e vários elementos da música preta que mantém a vibe lá em cima. E você chegou com um disco majoritariamente instrumental durante um período complicado no Brasil, em meio a um governo que cada vez mais tem desvalorizado a cultura. Foi difícil desenvolver esse álbum?

 

É cara… o processo de produção começou no final de 2019 e eu lancei em maio de 2020. Foram cerca de 6 meses de trabalho. Eu comecei a gravar nos dias 4 e 5 de novembro, aqui em São Paulo, depois eu fiz mais uma sessão no Rio de Janeiro com os amigos de lá. E em janeiro de 2021 eu comecei a gravar as participações com Toninho Horta, Nelson Ayres… Aí, dei uma pausa, e depois voltei a mixar e masterizar. Foram vários processos. Mas foi muito difícil… ainda em 2019, na verdade eu posso dizer que tive gastos, como todo artistas (produzi o CD sozinho com dinheiro do meu bolso)… e o Tuto Ferraz, que é o dono do selo Batuki Records, estava acompanhando tudo o que eu vinha fazendo em São Paulo, tocando esse projeto em bares e tal. Eu coordenava uma jam session toda segunda-feira no bar Piratinga (que fechou) na Vila Madalena… fiquei de março a setembro de 2019, toda segunda-feira, com um sexteto, sempre variando os músicos. Então, quando o bar fechou, o Tuto me ligou pra eu gravar o projeto. Eu já estava com o repertório ensaiado, com as composições na mão, e aí foi só agendar. Entramos em estúdio sem ensaio, porque todo mundo que tá ali, com excessão de algumas participações, já tinha tocado aquelas músicas. Aí, marcamos dois dias de gravação e registramos aquele som. Foi bem legal… Nessa época eu também estava trabalhando no Rio, para um programa da Globo, então calhou de eu também ter uma grana para remunerar os músicos e cobrir os custos do CD (fabricação e prensagem da arte gráfica). Isso aconteceu num período bem legal que possibilitou também que eu chamasse essa quantidade de músicos que chamei… um total de 31 músicos. Essa logística foi trabalhosa, teve custos, mas foi muito bom fazer esse disco. Olho hoje esse resultado e fico feliz por tudo que eu consegui fazer.

 

“Para se tornar artista não basta querer, você tem que se organizar e traçar uma estratégia.”

 

O título “Crew In Church” faz referência àquela galera da igreja que se reúne pra fazer um som? Depois dos cultos sempre rola, né!?

 

Exato!! É o título de uma composição que eu fiz a uns dois anos e que realmente se refere a “gang da igreja”. Eu deixei bem claro isso na composição: a primeira parte do tema é a tonalidade maior, dois acordes, lembrando aqueles hinos tradicionais da igreja evangélica, e no B eu faço uma transição que vai pra um neo soul/hip-hop, que tem um shufle e uma bateria, que apesar de ser programada, remete aos discos de neo soul. Então, essas são as duas cores que eu trouxe no som. O nome só chegou depois, quando me veio a mente um grupo de jovens (que já foram ou não da igreja), que vieram desse universo do hip hop e de repente resolvem fazer música na igreja. Acho que o resultado seria mais ou menos esse som, onde tem um pouco dessa linguagem urbana com a harmonia da música gospel.

 

Seu som também tem muitas influências do jazz moderno do Robert Glasper, Christian Scott, Kamasi Washington e Terrace Martin, que estão misturando o jazz tradicional com elementos de rap & R&B…

 

Com certeza! Lá em Los Angeles tem uma cena que eu acompanho tudo o que os caras vem fazendo há muitos anos… e sim, o Robert, Kamasi, o Christian, principalmente (já fui em show dele), o Terrace Martin… essa galera são grandes músicos que têm feito essa conexão do jazz com artistas do rap e o resultado dessa junção é muito bacana, para gente começar a enxergar um novo percurso que o jazz está tomando na cena mundial. Miles (Davis) foi o responsável por unir o jazz a muitos outros estilos, né!? Então, a gente vê que a história não parou lá no Miles. E o jazz está muito presente nas minhas músicas, porque ainda que eu faça um tema que remeta totalmente ao hip hop, r&b ou neo soul, ele vai estar presente porque a partir do momento que a gente começa a improvisar, as partes de solo dos metais ou da base, ali está o jazz. Por isso, a estrutura e o corpo do meu projeto remete a vários gêneros, inclusive música pop e funk, mas a essência é o jazz, porque eu sempre gostei de trazer a improvisação e deixar muito em evidencia nas músicas.

 

A forma que ele foi gravado no valendo, sem ensaio, também possui esse espírito jazzístico. E agora, você chega com o EP “I Just Wanna Breathe”, que tem duas faixas, sendo uma instrumental e outra com a presença do Síntese. Elas seguem na vertente do rap, mas é um pouco mais urbana que as anteriores.

 

Exato! Essa faixa é muito especial pra mim. Fiz ela no final de 2020 tocando piano atoa… eu não sou pianista (toco um pouquinho pra ouvir os acordes na hora de compor), mas estava brincando ali e me veio esse som, que lembra muito Kanye West. Na época, quando eu não tinha nome pra ela, ficava pensando: “vou chamar de Kanye’s Jam”, como se fosse uma jam session do Kanye West. Mas essa música se desdobrou em uma outra. Quando eu chamei o Neto, do Síntese, para escrever a rima, ele falou: “Joabe, estou aqui ouvindo várias coisas… tipo Kendrick Lamar. Então, eu tô pirando em compor em inglês, por isso vou nesse caminho”. Em 40 minutos, ele fez essa letra com perguntas e respostas no início, em português e inglês, e depois o desdobramento todo é em inglês. E entre muitas coisas importantes que ele diz, uma delas é me deixe respirar, que é uma referência total não só ao fato do que aconteceu com o George Floyd, mas ao que está acontecendo com nós músicos. A arte da capa feita pelo meu irmão Natan (Reis) reflete muito isso…

 

 

A ilustração ficou bem pesada…

 

… e vem bem na cola da letra, porque I Just Wanna Breathe fala sobre esse sufocamento da cultura que a gente está vivendo nesse momento… a morte da cultura (posso dizer). A tentativa do governo de fazer que a coisa morra a qualquer preço. É verdade que a gente nunca teve muito apoio, mas agora está bem escrito na testa deles que não querem mesmo ajudar a gente. Acho que esse é o tom de revolta e desabafo da letra. Isso é legítimo, porque sempre foi muito difícil viver de arte no Brasil, mas por conta da pandemia a coisa se agravou e a gente não recebeu nenhum apoio direcionado à classe. De todas as frases interessantes da letra, eu decidi tirar me deixe respirar (I Just Wanna Breathe). Esse é o tema das duas composições. A priori a ideia seria lançar como uma switch emendada, mas por questões estratégicas a gente teve a ideia de separá-las. Porém, uma switch completa ainda virá acompanhada de um curta-metragem.

 

Me fala dessa conexão com o Neto.

 

Eu sou fã do Síntese há alguns anos. Conheço toda história deles desde “4:20”, que acredito que tenha sido a música de mais sucesso que eles lançaram até agora. Por ser muito fã deles, sempre quis fazer alguma coisa, mas nunca tínhamos nos trombado. Aí eu falei com o (Daniel) Tamenpi (DJ e produtor musical), do Só Pedrada Musical, que ia soltar um som, mas queria colocar um rap. E ele fez essa conexão com o Neto. E a gente começou a se alinhar e estamos alguns meses trabalhando, sempre compartilhando música. Com certeza essa é a primeira de muitas que estão por vir aí.

 

Fiquei curioso com o lance do curta metragem, de como as ideias vão ser desenroladas…

 

Esse é o meu primeiro audiovisual, e está sendo dirigido pelo Carlos Franco (diretor e videomaker). Ele escreveu um roteiro incrível e, por causa da pandemia, a gente está gravando cada músico em um canto de São Paulo… os lugares mais inusitados que você possa imaginar. Ele vai vir com força total, porque se olharmos na história da música instrumental brasileira poucos músicos deram uma atenção para essa questão do audiovisual, que é uma coisa que eu acho muito importante. Os caras que eu admiro dessa era contemporânea do jazz estão sempre investindo em videoclipes… e eu também quis fazer esse registro (de quase 9 minutos).

 

Observo que o jazz brasileiro tem ganhado força nesses últimos anos, principalmente com essa levada mais rua. Tem você… o Jonathan Ferr também tem feito um trabalho legal, o Amaro Freitas. É uma nova geração que, de certa forma, está reacendendo a chama desse nosso jazz. Podemos dizer que esse é um bom momento da música instrumental nacional, mesmo com tudo o que está acontecendo e principalmente pela falta de shows?

 

Você citou duas pessoas que eu também acompanho. O Amaro é um super-pianista, e o Jonathan também está fazendo uma história bonita… assim, eu sempre fui do meio instrumental desde moleque. Minhas primeiras experiências profissionais foi tocando em big band, e por conta disso eu sempre tive conexão com os maiores músicos da música instrumental aqui do Brasil. No Rio de Janeiro, eu já frequentava os bares de jazz, saia de Vitória para ouvir som e fazer som (em 2008-2009). Desde que eu me entendo por músico, vejo muita gente tocando muito mas poucos organizando a sua própria careira como artista (na música instrumental). Isso acontece, até por conta dessa cultura da gig, porque está todo mundo sempre acompanhando alguém e todo mundo envolvido em projetos, e é legítimo, todo mundo tem que pagar conta… mas eu vejo tantos músicos incríveis que não se organizaram. E eu sempre tive essa visão, porque ainda com 19 anos (em 2010), eu junto com os meus amigos lá em Vitória montamos o grupo Brasilidade Geral, que é um quinteto instrumental que eu faço parte até hoje. E sendo um grupo de Vitória, a gente já gravou com o Roberto Menescal, Ivan Lins, Rosa Passos, Hamilton de Holanda… a gente fez muita coisa, mas desde a fundação (vai fazer 11 anos) a gente sabe que sempre foi muito difícil. Gravamos trabalhos importantes, porém viajamos bem pouco e tocamos em poucos festivais. Então, eu sempre tive essa visão que é muito difícil ser artista instrumental no Brasil… e em 2018 quando lancei meu projeto autoral, por estar em São Paulo e aqui ter muito lugar pra tocar, eu acho que tem sido menos difícil o processo. Mas assim, é difícil mas também é possível. Sozinho é um pouco mais complicado. Hoje eu tenho minha manager (Júlia Andreatta) que me ajuda bastante. O meu CD foi lançado em meio a pandemia, e eu fiz pouquissímas coisas, mas essas poucas coisas já são muitas. Posso dizer que nesse um ano, eu trabalhei até que significativamente bem com meu projeto autoral (participando de vários festivais online, principalmente). Também tenho percebido que as pessoas que estão caminhando com o trabalho são pessoas que estão se dedicando a se organizar como artista. Para se tornar artista não basta querer, você tem que se organizar e traçar uma estratégia.

 

Joabe Reis
Foto: Thiago Bruno

 

Já pensou em sair do Brasil para iniciar uma carreira internacional?

 

Cara, eu já tive algumas oportunidades pra morar fora do Brasil, principalmente as acadêmicas. Como eu fiz a faculdade de música Souza Lima, já ganhei bolsa de estudo pra Berkley, bolsa pra estudar em Paris, ganhei duas bolsas de estudo da associação do Grammy Latino, mas acabei não indo. Eu não me arrependo, porque na época eu estava envolvido com trabalhos que eu sempre quis fazer, e quando pintou a oportunidade eu optei por ficar aqui e continuar fazendo os trabalhos na época. Eu já cogitei ir pra Europa muitas vezes, mas hoje eu penso em me organizar pra passar uma temporada em Los Angeles, porque eu sou muito fã de todos os músicos e me identifico muito com o tipo de som que rola lá. Los Angeles ainda é uma meta que eu quero realizar pra passar um período tocando e me envolvendo com a galera.

 

A música brasileira é muito respeitada lá fora, principalmente na Europa e Japão, e você tem tudo para conquistar o mundo com a qualidade do jazz que faz. Mas se as coisas estão rolando por aqui, você tem continua e manter a nossa efervescência musical. E nessa era digital, ficou mais fácil fazer o seu som chegar a mais lugares.

 

Olha, eu vejo isso de uma forma positiva pelo acesso. Por muita gente ouvir meu som até do outro lado do mundo. Estava até olhando aqui onde o meu disco é mais ouvido, eu vi que depois do Brasil vem o Japão, aí Nova Zelândia e Estados Unidos. Tem uma música minha com mais de 18 mil plays, não é muito se formos comparar com um artista pop, mas pra música instrumental é bem legal porque eu não teria vendido 18 mil cópias de CD, sabe!? Nem se não existisse ainda plataforma digital, mas vejo que esse acesso faz com que eu chegue a lugares que nunca imaginei. Porém, pra você receber uma coisa significativa a galera tem que ouvir muito, muito mesmo. E às vezes como músico instrumental não consigo ter um retorno financeiro dependendo só das plataformas digitais.

 

E quais os próximos planos para o futuro?

 

To planejando soltar um disco que foi gravado num show ao vivo que eu fiz no Festival de Vila Velha. Esse show foi incrível e eu tive a participação de grandes músicos, como Cuca Teixeira, Marcelo Martins… hoje estava ouvindo aqui e ele já está mixado e masterizado. Vai ser um EP de 3 ou 4 faixas… ainda não está definido muito bem. Deve sair provavelmente ainda em agosto de 2021. E fora isso tem outras coisas pra acontecer, uns feats que estou pra soltar. O Ivan Lins me deu uma música de presente, uma música instrumental que ele fez para o Miles (Davis) em 1993. Tem um projeto meu com a Paula Lima e mais uns três.

 

Indicamos também: Trajetória do RZO é abordada no livro “Assim Que É”, escrito por Jeff Ferreira. Leia AQUI.

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