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Foto: Beatriz Galvão

Clara Lima: “Além chega pra trazer de volta a Clara transgressora”

Na conversa, ela compartilha os detalhes da produção do disco e de como se recuperou psicologicamente.

Um dia antes de colocar no mundo o seu terceiro álbum solo (1°/2), “Além”, Clara lima se encontra comigo virtualmente. Na tela, a MC sorri. Diz que está tranquila para o momento. “Pô, mano… vai chegando mais próximo e vai dando uma ansiedade maior”, afirma. “Sou bem tranquilona, bem pé no chão no quesito expectativa, mas eu fico bem ansiosa quando vai chegando mais próximo”.

Arquitetado na companhia do produtor musical Rizzi Get Busy, o disco faz uma mescla da sonoridade atual, focando no trap com uma estética anos 90’s e letras que “trazem de volta” a Clara papo reto que ganhou destaque por suas rimas cirúrgicas das batalhas de rima, do coletivo DV Tribo e presentes no EP “Transgressão” (2017).

Depois de superar momentos turbulentos na vida e na arte, a rapper mineira está pronta para deixar de lado a “vida calma” para retornar a assuntos relacionados ao seu dia a dia. “Foi ano passado que a gente veio nessa meta, até porque 2021 foi o ano que eu fiquei mais parada, dei aquele time ali… tive o meu período de sair da Ceia, que eu fiquei mais reclusa… Então, muita gente acho que eu tinha parado. Por isso, a gente quis fazer o ano passado pra dar uma aquecida, pra galera ver que eu estava na ativa e pra sentir também o que o público queria de mim, porque… cada álbum, cada EP é uma parada”.

De fato, “Além” se diferencia dos demais. Os dias no Guarujá, no litoral de São Paulo, pode ter ajudado a dar o direcionamento, assim como o caos da cidade de São Paulo, onde Clara mora há um tempo. Na conversa, ela compartilha os detalhes da produção do disco, a parceria com MC Luanna, Danzo, Anjim, Dudu e o próprio Rizzi, e de como se recuperou psicologicamente.

“Muitas pessoas me ajudaram pouco a pouco a me levantar e estamos aí firmona pronta pra outra… e a parada é sobreviver dia após dia esse corre é muito louco”.

 

 

Esse é o seu disco mais pessoal, de compartilhar suas ideias mais íntimas? Tem até um áudio da sua mãe, você fala dela ali…

 

A parada mais pessoal assim de projetos que eu trouxe até hoje, o Som que vem da alma é o que mais se encaixa nisso, pelo momento que eu estava passando ali, mais introvertida, mais com meus pensamentos, meus demônios.. mas a Clara num geral traz isso em todos os trabalhos, porque é uma parada de ser mais a minha vivência… as paradas que acontecem comigo. Além chega pra trazer de volta a Clara transgressora, com bastante papo reto. E aí a gente tem esse momento no álbum, que é um interlúdio com a presença da minha mãe, tá ligado!? É um bagulho mais pessoal, relatando essa minha vivência de estar aqui em São Paulo e ela lá em BH, dos momentos especiais pra ela ou pra mim que eu queria estar próxima e não pude… então, essa música (Saudade) tem essa parada mais pessoal, mas de resto é mais papo reto.

 

E por que a escolha do título “Além”, o que você pretende passar com ele?

 

Mano, a gente estava falando isso aqui agora… é uma parada que a gente fala do amanhã, mas também de ir além. Com esse título eu quero trazer essa parada de ir além das dificuldades que é viver dessa parada.

 

E como foi essa produção em parceria com o Rizzi Get Busy?

 

O álbum nasceu a partir de uma ideia do Rizzi e do Rogerinho. Eles começaram a pesquisar algumas ideias e referências de estéticas visuais pra gente começar a pensar num possível álbum, tá ligado!? E aí é uma parada que visualmente falando reflete aos anos 90, validada pela Lei de Laver com a relação entre a moda e o tempo… (agora consegui lembrar, porra). E aí a gente quis unir os beats atuais com o papo reto de transgressão que é a minha parada mais antiga. A partir disso, mano, a gente fez uma parada diferente que eu não fiz nos meus outros álbuns. Esse foi um processo de imersão, tá ligado!? Desmontamos o estúdio todo, pegamos os equipamentos, alugamos uma casa na praia, descemos para o Guarujá, que é aqui mais próximo, e ficamos uma semana lá. Depois que escolhemos os beats que a gente queria, começamos a puxar as letras. A gente gravava, via se ficava legal, se não ficava… nessa batida, fizemos 5 faixas e o bagulho já estava começando a caminhar pra onde a gente queria seguir. Aí, voltamos pra São Paulo e continuamos na missão de fazer mais algumas e fechar os feats. A meta era fazer 9 ou 10 (fechamos em 9) e chamar uma molecada mais nova para os feats. Por mais que eu seja nova, querendo ou não a galera que acompanha o meu trabalho já é mais velha. Não é uma galera menor, por isso pensamos nas participações estrategicamente por isso. Obviamente são pessoas que me identifico, tá ligado, com pessoas que eu curto o trabalho, que eu consumo também, como a Luanna, Dudu, Danzo e Anjim. São pessoas que estão nas minhas playlists, tá ligado… Além é isso: um projeto que foi pensado coletivamente do começo ao fim.

 

Clara Lima e Rizzi | Foto: Beatriz Galvão/@porbtriz

 

Também tem uma versatilidade de sons ali, né!? Remete um passado, mas possui uma estética bem atual…

 

… é, a estética visual é a parada dos anos 90, mas os beats é o trap de agora, tá ligado!? A gente não foi para o dril ou o grimme, a gente fechou no trap seguindo o que a galera está fazendo no momento.

 

“Antes do artista tem a pessoa, e a pessoa tem que estar bem, estar com as coisas em dia pra que a cabeça esteja bem. Só assim a pessoa vai conseguir fazer um trabalho da hora sem ficar pensando como vai pagar a conta de luz, como vou fazer pra mixar uma música…”

 

E como foi encaixar as características dos seus convidados nas suas? Mesmo diferentes, vocês conseguiram deixar tudo bem coeso.

Mano, é muito louco… cada um dos que participaram tem o seu nicho. Acho que Luanna e Danzo são os que mais se parecem comigo no quesito estética, mas cada um faz seu corre. Porém, no resumo geral é todo mundo a mesma fita. Todos estão na minha faixa etária de idade, vêm de comunidade, estão em busca de um sonho e correndo atrás da parada. Eu já tive o meu momento de estar em evidência pra caramba e eles estão num momento foda. Então, as ideias casaram. Eu gosto muito de todas as músicas do álbum porque ele está redondo, tá bonito e tá gostoso de ouvir… mas os feats são as paradas que deu um Plus a mais e somou de verdade… a parada você ouve e fala: “o bagulho é real mesmo”.

 

Até quando chega no final, você fica lamentando porque já acabou. Passa muito rápido porque você mergulha no som. Poderia ter colocado mais ali… chegaram a tirar músicas?

 

Tirei só uma, que inclusive era uma letra que já tinha pronta e eu gravei em outros beats… mas aí o Rizzi mostrou um beat que encaixou como uma luva, mas não ficou redondo no álbum, mano. E eu sou essa pessoa que pra mim a parada tem que tá fazendo sentido. Então, por exemplo, eu falo que a parada é pensada no coletivo, porque antes mesmo de ter as letras eu já tinha desenhado a sequência dos beats. Assim, a parada foi acontecendo da forma que eu acredito que teria que ser. Batemos o martelo, paramos pra ouvir o bagulho na ordem, pra sentir, e falamos: é isso. Gosto de gerar esse sentimento nas pessoas, porque não sou aquela “mina guela de rima” não… você pode perceber nos meus sons e nas minhas participações que o meu verso é menor. Eu não tenho essa coisa de querem fazer uma música dentro da música não. Eu sou bem tranquilona com essa parada. Acho que já tenho esse bagulho de instigar as pessoas de querer ouvir de novo ou de querer ouvir mais.

 

Aquela coisa mais objetiva de não ficar enrolando, dando balões e colocando coisas onde não tem necessidade. É mais fácil você entregar a mensagem de uma forma objetiva e instigar a pessoa a ouvir novamente, do que ter várias ideias e o ouvinte não entender nenhuma delas e não querer mais ouvir…

 

E mano, eu acho que o mercado está num momento muito rápido. As coisas estão acontecendo rápido, tá ligado!? Estou lançando um álbum agora, mas daqui a pouco tem mais um monte foda pra caralho, com uma estética foda, uma proposta foda… então, eu acho que as pessoas tem a pressa do consumo, por isso a gente pegou esse caminho.

 

Foto: Beatriz Galvão / @porbtriz

 

Apesar dessa velocidade, você também não é de ficar soltando single toda hora..

 

… foi ano passado que a gente veio nessa meta, até porque 2021 foi o ano que eu fiquei mais parada, dei aquele time ali… tive o meu período de sair da Ceia, que eu fiquei mais reclusa… Então, muita gente achou que eu tinha parado. Por isso, a gente quis fazer o ano passado pra dar uma aquecida, pra galera ver que eu estava na ativa e pra sentir também o que o público queria de mim, porque… cada álbum, cada EP é uma parada, pode ver: Transgressão é uma parada, Self é um bagulho, Só Sei Falar de Amor é outro… então, tipo assim, eu queria sentir também o que a galera queria porque eu sei que consigo fazer algo mais cantado e mais rimado… mas queria sentir o que estavam esperando de mim. Aí, em 2022, a gente veio com o (EP) Som Que Vem da Alma… minha parada é essa: gosto de fazer EP, gosto de fazer álbum porque você consegue se aprofundar mais tanto no quesito da ideia que você quer passar quanto da história que você quer construir e a estética visual… e falando do visual, o Além, diferente dos outros, tem tudo documentado. Todo esse processo da gente ter ido para o Guarujá, do processo de criação das primeiras faixas, da nossa vivência ali… foi bem massa.

 

Essa é uma forma de colocar geral dentro desse processo também, né!?

 

É colocar a galera mais próxima, mostrando como é a parada, de como funciona, de como foi. Não é um processo fácil e rápido. Começamos tudo em abril de 2022. Então, a galera consegue ter essa noção de que foi quase um ano pra lançar. De lá pra cá tiveram muitas coisas e a Clara continuou lançando single. Acho que dá pra galera sentir parte da parada e entender o funcionamento.

 

Em Som Que Vem da Alma, você veio com uma pegada mais acústica, agora vira a chave para o trap. Como é fazer essa transição de um som orgânico para outro mais carregado?

 

… no 808, né!? Mano, acho que tem muito a ver com minha vida pessoal. Em Transgressão eu estava num momento escuro, pandemia e tudo mais. Passou, comecei a trabalhar de novo, gravar, shows, festival, aí vai BH encontro os moleques, vejo a família… Então, esse processo da minha vida, de estar na fase ruim, entender ela, digerir, de começar a viver de novo, foi a virada da parada mais calma e tranquila para o bagulho mil grau, daquele jeito.

 

Nesse disco você fala dessa fase ruim e que até pensou em desistir. Até nesse período nebuloso você chegou a fazer algumas publicações que iria parar. Esse era de fato um momento de esgotamento de não encontrar saída?

 

Tipo assim, era uma fase que pra mim nada estava fazendo sentido, tá ligado!? Estava num momento escuro, sombrio, longe da família, longe de casa, sentindo falta de estar próxima das pessoas que amo… e aí, falei: preciso dar um tempo pra minha cabeça. Depois de eu ter falado isso, eu pensei: o que eu gosto de fazer? Gosto de cozinhar. Então, fui atrás de um curso, fiz 4 meses e aprendi coisa pra caramba e distrai minha mente. Só que eu não estava bem, né irmão. Aí, fui atrás de um psicólogo, de uma terapia, tá ligado!? Fiz o correto a se fazer quando você está mal psicologicamente. Na sequência as paradas começaram a fazer sentido de novo. Eu comecei ver uma saída, porque eu estava num momento difícil, estava fodida de grana, estava com a cabeça ruim… no meu limite de tudo. Esse processo de querer desistir, parar, descansar e entender o meu momento foi o bagulho que me fez degrau por degrau querer estar aqui de novo. Também foi muito importante manter as pessoas do meu lado pessoas, tipo a minha mina, que também trabalha comigo e sempre me dá uma força, o Rogerinho, que me deu todo apoio. Muitas pessoas me ajudaram pouco a pouco a me levantar e estamos aí firmona pronta pra outra… e a parada é sobreviver dia após dia esse corre é muito louco. Você tá ligado como é tá fazendo isso, como é desgastante, como é difícil, como é caro… eu consegui entender todas essas paradas, digeri, me cuidei, me cerquei de pessoas que estavam dispostas a me levantar e queriam me ver de pé.

 

Isso é muito importante, porque muitas vezes o público não entende muito quando o artistas precisa dar um tempo para respirar. Existem momentos, principalmente para quem é independente, que é necessário dar uma refrigerada na mente para não bugar. A sua arte também depende da sua saúde, tanto física como mental…

 

Exato mano. É o que eu falava bastante pros moleques no momento que eu estava na pior. Não tem como ir pro estúdio, querer falar um bagulho sendo que eu não sei como vai ser amanhã. Não sei se vou ter dinheiro pra comprar uma comida, tá ligado!? Antes do artista tem a pessoa, e a pessoa tem que estar bem, estar com as coisas em dia pra que a cabeça esteja bem. Só assim a pessoa vai conseguir fazer um trabalho da hora sem ficar pensando como vai pagar a conta de luz, como vou fazer pra mixar uma música… saca!? É um buraco muito profundo, mas acho que com Som Que Vem da Alma eu consegui transmitir um pouco disso com a galera. Não foi um álbum que pegou pra caralho, que bateu feito os outros, mas uma galera entendeu e abraçou o papo do meu momento. Isso foi importante pra caralho nesse momento de voltar e reconstruir uma parada… porque é isso, eu meio que comecei do zero.

 

De certa forma você conseguiu dar a volta por cima e Além reflete muito esse momento. “Filhas do Improvável” com a MC Luanna retrata um pouco isso. O encontro de vocês deu muito certo.

 

Mano, essa foi a última faixa que a gente fez. O Rizzi estava com esse beat mocado, guardado, e nas últimas ele mostrou. Aí, cuspi a rima, irmão. O bagulho veio. E nisso a gente ficou pensando quem a gente ia colocar nessa parada. Tinha que ser alguém muito foda. Pensamos, pensamos e pensamos. Selecionamos alguns nomes, tentamos entrar em contato e aí o Rizzi fez uma alteração no beat. Era só trap, e aí ele fez uma alteração inserindo funk. Quando ele fez isso, eu não consegui pensar em ninguém mais que a MC Luanna. Só que eu também não tinha um contato muito próximo, mas aí dei um salve nela e falei: pretora, tô com uma faixa aqui e queria te mostrar. Ela viu o bagulho, deu a maior atenção pra parada e dias depois me mandou um áudio chocante que ela tinha feito. Aí fomos para o estúdio, gravamos essa e uma outra que ainda vai sair aí (risos). Mas assim, não tem jeito… todos os feats eu escuto e me arrepio porque tudo conversa com a proposta.

 

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