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Foto: Wilmore Oliveira

Punk, frenético e (ainda mais) provocativo; o show dos 30 anos de fumaça do Planet Hemp

No show de gravação do DVD em comemoração as 3 décadas de resistência, a banda mostrou porque ainda permanece relevante entre diferentes gerações.

O horário marcado era 21h30, mas todos sabiam que dificilmente o início do show de comemoração dos 30 anos do Planet Hemp seria antes das 22h. Dito e feito. Passadas das 10 da noite, o Espaço Unimed, em São Paulo, já estava tomado por um público diverso formado por amantes do rock, punk, rap, maconha. O terreno foi preparado pelo DJ Wilson Power, que por quase uma hora tocou clássicos undergrounds dos anos 1980 e 1990.

Nos bastidores era proibido fumar tabaco, porém na pista, as fumaças se fundiam, sem regras ou pudor. Quando a luz verde, que fazia uma espécie de cortina, bloqueando o visual do palco, se apagou, foi possível ver o cenário criado por por Tito Sabatini & Paulinho Lebrão, e inspirado nas green houses e nos jardins suspensos da Babilónia”. Logo, a introdução do álbum “Jardineiros”, na voz de Marcelo Yuka ecoa, o jogo de luzes coloridas se ilumina para Marcelo D2 e BNegão assumirem a linha de frente.

“Jardineiro” abre a sessão, mas, por se tratar da gravação de um audiovisual (ou DVD), não sai conforme o planejado. Então, eles reiniciam, uma, duas, três vezes. Para manter o êxtase e a expectativa, D2 pede para acender a luz da platéia, chama os expectadores para fazerem barulho e diz: “Vamos fazer o que a gente faz há 30 anos, porra!!” Defesa à erva e crítica aos facistas não faltaram. Quando tentaram puxar o “Ei b* vai tomar no cú”, D2 cortou dizendo que ao invés de lembrar do inominável o melhor a fazer era celebrar seus ídolos.

 

Foto: Wilmore Oliveira

 

Após os reinícios, a captação do DVD “Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça” aconteceu sem grandes problemas. Para quem não sabe lidar com os erros, um registro ao vivo pode se tornar tedioso pela repetição, mas não era o caso. Todos estavam ali pela diversão. Assim, do início ao fim, Marcelo D2 não parou em nenhum momento. Corria, pulava, fazia a sua dança. No PH, ele assume outra persona. É mais explosivo que o D2 solo. Por isso, se “cansa” já nas primeiras músicas, “Ex-quadrilha da fumaça”, “Fazendo a cabeça” e, principalmente, em “Distopia”, que recebe Criolo e faz com que as primeiras rodas de bate cabeça sejam formadas. “Ah, meus 20 anos”, brinca ele ofegante.

Um dos momentos efusivos – e tiveram vários – e caóticos – foi quando D2 e BNegão foram para o centro do espaço para que fizessem uma roda em volta deles na execução de “100% Hardcore”. Bernardo até comentou que a ideia era fazer uma bagunça sem precedentes. Enquanto eles cantavam, quem estava por ali rodava, pulava uns nos outros e até tentavam entrar no espaço dos artistas. Mais punk que isso, difícil ter. Isso aconteceu no começo da terceira parte, na 19 música de um total de 27.

A noite de quinta-feira, 11/07, foi cheia de surpresas. Sabia-se que teriam muitas participações, mas nem todas eram esperadas. De Major RD e Rodrigo Lima (vocalista da banda Dead Fish), passando pelas Mercenárias, Pitty e o rapper Kamau, o Planet – pelas mãos de Daniel Ganjaman – conseguiu fazer que se adaptassem a sua estética, mantendo o DNA. As surpresas, ou nem tão surpresas assim, ficaram nas parcerias com Emicida e Seu Jorge, que – assim como no jazz – teve a oportunidade de “improvisar” ‘Biruta’ com a sua flauta transversal depois de fazer o refrão de “Nunca Tenha Medo”.

 

Seu Jorge, Emicida e Marcelo D2 | Foto: Wilmore Oliveira

 

O BaianaSystem também entrou na onda misturando seu tempero apimentado com as bases quentes sustentadas por Formigão, Pedro Garcia, Daniel Ganjaman, Nobru e Venom.

Tão aguardado, Black Alien fez seu retorno momentâneo à banda, juntamente com Zegon, nos versos de “Queimando tudo”, “Deizdasseis”, “Zerovinteum” e “Contexto”. Merecidamente aclamado, o MC de Niterói trouxe uma certa nostalgia ao se reunir com seus ex-parceiros de mic. O mesmo aconteceu nas citações de honra feitas para o Skunk, Marcelo Yuka, Sabotage, Speed Freaks, Chico Science e Chorão, e também quando Mike Muir, vocalista da Suicidal Tendencies, entrou com seu estilo inimitável que todos tentam até hoje imitar. Na altura dos seus 61 anos, ele esbanjou jovialidade em “Salve Kalunga” (música em memória ao músico e skatista Fábio Kalunga) e “War Inside My Head”, do Suicidal. Por essa e outras, BNegão fazia questão de repetir: “Os coroa tão bolado”.

Ao final, já no início da madrugada do dia 12/07, com muita gente cansada, Marcelo D2 soltou um baseado inflável gigante, que foi passando de mão em mão. O cantor e rapper disse que os cariocas ficariam bolados pelo show de gravação do DVD dessas 3 décadas ter sido realizado em São Paulo. Mas também deixou aberto que pode acontecer uma apresentação com o mesmo nível no Rio de Janeiro. Quem esteve presente fez parte de uma comemoração que pode entrar para a história da música brasileira. Único, dificilmente será possível compartilhar a mesma energia em outro lugar. Nos próximos 30 anos, o Planet Hemp ainda estará reverberando nos ouvidos das próximas gerações.

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