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No controle de suas produções, Aluna quer resgatar as origens da dance music

Depois de um tempo rodando pelo mundo no duo AlunaGeorge, a cantora e compositora Aluna decidiu sair para seguir sozinha. Na sequência, ela fez um acordo com a Mad Decent, do Diplo, para colocar nas ruas, em 28 de agosto, o álbum “Renaissance”.

“No passado, quando atuava nos palcos dos meus colegas homens brancos, sempre me senti como uma visitante sendo uma das poucas mulheres negras que eu podia ver, então nunca me ocorreu completamente reivindicar a dance music como minha música, como artista, apesar de estar no centro da minha conexão com a música”, diz ela. “Então, olhei para a história da dance music e vi como, por exemplo, a Chicago House, conhecida como a invenção da house music, foi pioneira nas comunidades LGTBQ + de negros e latinos, o que me inspirou a colocar minha bandeira no chão como uma mulher negra na dance music, assumindo o controle da produção e composição com minha própria vibração”.

As primeiras entregas de Aluna neste recomeço foram os singles ‘Body Pump’ e ‘Warrior’. Ambos direcionam a rota que ela pretende seguir. As bases estão na house, mas ela pega referências no rap, reggaeton e garage. ‘Get Paid’ é a terceira amostra do projeto. A qualidade se mantém alta. E desta vez, Princess Nokia e Jada Kingdom colocam um  pouco mais de pimenta no tempero.

“É uma celebração aspiracional sobre mulheres negras serem pagas, em oposição à realidade de que somos constantemente subvalorizados por nosso trabalho”, observa. “Por outro lado, é uma música sobre acreditar que merecemos ser pagos porque, como a sociedade continua nos dizendo que não temos valor, internalizamos essa noção, que é quase mais prejudicial porque nos impede de advogar por nós mesmos.”

Essa mesma visão, ela compartilhou numa carta aberta direcionada à comunidade mundial da dance music, pedindo que reavaliassem as plataformas e o posicionamento dos criadores de negros. “Percebi que queria fazer mais do que apenas criar um espaço para mim. Quero que todos os negros saibam que o gênero da dance é sua herança e que eles devem se sentir incluído e incentivados a criar sob essa bandeira, expandindo o gênero para ser cultural e racialmente inclusivo.”

Assim, seguindo seus propósitos, Aluna tem conquistado posições destacadas, acumulando mais de 9 milhões de streamings em poucos meses, e execuções nas rádios mais respeitadas do mundo, incluindo a BBC Radio 1 (UK), Triple J (Australia), KCRW, KEXP e a Beats 1, da Apple Music.

Indicamos também: Com “Wash Us In The Blood”, (mais uma vez) Kanye West coloca fogo no parquinho. Leia aqui.

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