Foi na igreja evangélica que Thamires Oliveira se encontrou com a música. Se apaixonou, mas escolheu a dança como profissão. De Nilópolis, na Baixada Fluminense, ela participou de projetos na companhia de Deborah Colker, Centro de dança Rio, IDPF (escola em Nilópolis) e Tereza Petsold. Após fazer sua passagem pelo teatro musical, retornou oficialmente ao seu primeiro amor.
“Pra mim a arte tem o papel de transformar e criar referências”, observa. “Quando eu escrevo, eu quero que as pessoas se identifiquem com o que eu estou falando, que elas se conectem de alguma forma. Acredito que através dessa conexão a gente ensina e aprende. É uma troca”.
Após preparar o terreno com cinco singles e participar do álbum “POSS – Proteja Os Seus Sonhos, vol. 2”, Thami mostra que pode atingir inúmeras possibilidades com o EP “Nua”. Nas quatro músicas que o compõe, a cantora expõe fragilidades, fala de amor, é romântica. De forma leve compartilha vivências, e também mostra que é forte. “Estou muito orgulhosa desse trabalho”, diz.
Na estrutura, o R&B e o soul servem como alicerce. Os pouco mais de 12 minutos são muito bem aproveitados, mas o ouvido pede mais. Sinaliza o que pode vir no futuro e dá uma amostra do potencial que a artista tem para ser uma das protagonistas da música preta brasileira.
“Acho que no processo de construção da obra eu evoluí como pessoa, como compositora e artista. De certa forma, transformei o meu redor também. NUA fala através da música de uma mulher potente e decidida”.
Nesta primeira entrega, Thami chega com aporte da Na Moral Produções (Marcelo D2, Planet Hemp) e parceria da Tássia Reis na sincera “Chega de Esperar. “A música fala sobre uma mulher que não perde tempo e não deixa nada para depois. É a verdadeira descrição de Tassia Reis para mim. Então tinha que ser ela. Ela gostou da música, topou participar e me mandou a parte dela com um rap bem característico, deixando a música ainda mais incrível.”.