Após oito episódios de conversas e reinterpretações musicais, a primeira temporada de “Rael Convida” chega ao fim. No programa, o cantor / MC já recebeu a participação de Criolo, Drik Barbosa, Negra Li, Black Alien, Thiaguinho, Di Ferrero e Mariana Nolasco. Segundo Rael, a escolha dos convidados foi feita pela “naturalidade das coisas”. “São pessoas que eu já estava flertando, musicalmente falando, já tinham coisas acontecendo… pessoas que eu já tinha música, pessoas que a gente achava que tinha uma sintonia musical e que daria um bom resultado. E foi isso o que aconteceu.”, diz.
De todos os capítulos da série, ele observa que o do Criolo foi um dos que mais o impactou, principalmente pela sintonia que os dois têm desde a adolescência. “Todos tiveram um impacto ou uma reação diferente. Mas eu e o Criolo somos amigos a muito tempo. A gente cantava junto. Já viajei com o Criolo fazendo dobra… já abrimos shows do SNJ, Alvos da Lei… já participei do disco dele e fizemos coisas cantando Vinícius de Moraes. Estarmos juntos ali foi uma realização, principalmente por (naquele momento) estar iniciando um projeto bacana.”
No oitavo ep do ciclo inicial, o Pentagono (Apolo, Massao e M’Sário), se reuniu com o Rael para uma conversa sobre o caminhada na música, futuro, deixando no ar a possibilidade de um retorno do, e fizeram versões acústicas de “O Moio”, “O Q” e “Se Mova” . Rael diz que é possível que o Pentagono retorne, mas não por agora. “Os caras estão dedicados na carreira solo deles, o que era uma coisa que a gente já almejava… na época que a gente tinha o Pentagono era uma outra realidade, o rap não era o que é… a gente ficou 13 anos na estrada, tipo um casamento, mas um casamento que envolve cinco pessoas. Demos uma pausa, mas ainda somos amigos. Uma hora isso pode rolar, mas não conseguimos ver isso pra agora”.
Para 2019, Rael já tem um projeto no esquema. “Tem projeto rolando. Tenho uma música pronta e estou em estúdio fazendo os instrumentais ainda de um provável próximo álbum”. Ao comentar sobre o futuro, ele diz que acredita na cura da “doença” que o mundo tem sofrido. “No papo de vida… eu acho que o mundo está muito complicado. Eu vejo muita depressão no olho das pessoas. Muito consumismo desenfreado, muitas gente falando de si próprio… nos versos, nas rimas. E não consegue dialogar com ninguém”, reflete. “Vejo muito que até o rap não se tem o nível Mano Brown; o nível Emicida… você não vê isso nas letras. Parece até que ficou fácil fazer rap. Qualquer um tá fazendo e isso vira uma coisa fútil. Não sou ditador do rap… mas em contrapartida quando vira um mercado, uma coisa popular é uma via de mão dupla: um monte de coisa vem junto, coisas ruins também”.
Assista Rael Convida: Pentagono
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