Tudo começou com o “The New American Revolution”, um projeto especial de Pharrell Williams feito para a revista TIME [tá AQUI]. O objetivo da série de ensaios é “examinar o passado opressor dos Estados Unidos da América – e o potencial para um futuro justo”. Para isso, ele convidou diferentes personalidades para compartilharem suas histórias e visões. Na lista tem Angela Davis, Tyler, the Creator, Naomi Osaka, Imara Jones, 21 Savage.
A música “Entrepreneur”, com a participação do JAY-Z, apenas concluiu todo o processo desenhado para mostrar o poder que os negros têm para transformar diversos setores da sociedade. O mote principal dela é chamar as pessoas para participarem efetivamente do movimento apoiando seus pares, investindo financeiramente em empreendedores pretos.
“Especialmente para alguém que é negro, há muitas desvantagens sistêmicas e bloqueios intencionais”, disse Parrell à TIME. “Como você pode iniciar um incêndio, ou mesmo a esperança de uma brasa para acender um incêndio, quando você está começando em desvantagens em relação a cuidados de saúde, educação e representatividade? Quando você tem comunidades bem-sucedidas do tipo colmeia, onde pode circular dinheiro dentro de sua comunidade, isso faz uma enorme diferença. Eles vivem dizendo que o sonho americano é sobre a casa e a cerca de madeira, a esposa e os dois filhos. Vamos lá – vamos ser honestos. Tudo isso sempre se resume a dinheiro e uma oportunidade”.
Apesar de bater de frente com o sistema, as camadas rítmicas são leves. A produção é assinada pelo próprio Pharrell Williams em parceria com Chad Hugo, seu companheiro de Neptunes. O videoclipe dirigido pelo Calmatic também entrega as ideias de forma simples e objetiva, tendo o protagonismo de vários empresários negros e líderes comunitários, incluindo Tyler, teh Creator; Beatrice Dixon, a fundadora da linha de cuidados femininos The Honey Pot Company; Alrick Augustine, o criador do clube de corrida South Central Keep It Run Hundred; Issa Rae; Robert Hartwell, ator e dançarino da Broadway, que comprou por U$ 400 mil dólares, a casa grande da plantação de algodão onde seus ancestrais foram escravizados.
O momento marcante do filme está na pausa feita para homenagear Nipsey Hussle. Essa, de fato, é uma celebração da excelência negra. “A música tenta comunicar que, quando ficamos juntos, nos tratamos melhor e nos ajudamos, há mais dinheiro e mais oportunidades para todos”.
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