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Foto: Gabriella Zanardi

O baile e a benção do (padrim) FBC em SP

Na Casa Natura Musical, o rapper/cantor mineiro fez todos dançarem com o show do álbum “O amor, o perdão e a tecnologia irão nos levar para outro planeta".

Em São Paulo, a noite de sexta-feira (16 de fevereiro) estava tipicamente paulistana: temperatura amena, com uma brisa fria, misturada ao ar quente. Dentro da Casa Natura Musical, o calor humano reinava. Com os ingressos esgotados, o ambiente estava tomado. Alguns dos que vestiam casaco não suportaram o clima abafado. Outros, preferiram manter o drip montado para ver o padrim FBC.

Às 22h10, aproximadamente, ele entrou todo vestido de branco, boné vermelho da Letrux, óculos escuro, botas e o seu inseparável cordão prateado de São Jorge. Era a primeira de duas noites na Casa para fazer o show do álbum “O amor, o perdão e a tecnologia irão nos levar para outro planeta”, que faz parte da turnê “Para Outro Planeta”.

Muito bem acompanhado por Daniel Souza (guitarra), Danilo Mendonça (trombone), Nathan Morais (baixo), Matheuzin Ramos (bateria), Jackson Ganga (saxofone0, o Dj Cost e as back vocals Fernanda Valadares e Clave de Lua, FBC fez O BAILE – em caixa alta mesmo.

Tirando os que transitavam de um lado para o outro com latas, garrafas e baldes de bebidas, todos foram contagiados pela energia efusiva transmitida de cima do palco, que manteve os corpos em movimento. “ATMOSFERA” abriu o set. Porém, ele não seguiu a mesma ordem do disco. Antes de chegar ao ponto alto com as mais bombásticas, ele esquentou a pista com as “lado b”.

 

Foto: Gabriella Zanardi

 

Por volta de 22h30, “O QUE FAZ IR PRA OUTRO PLANETA?” ecoou. Formou-se um coro. Nos momentos em que o trombone assumia o protagonismo, FBC assumia uma meia-lua, em outras ocasiões o chocalho ou apenas apreciava a desenvoltura dos seus músicos, como no solo de Ganga durante “A NOITE NO MEU QUARTO”.

Um dos momentos marcantes foi o batismo do padrim no final de “NÃO ME LIGUE MAIS”. Assim que os seus apadrinhados levantaram as mãos, o Padrim “liberou as bençãos”. Os mais próximos receberam um toque na cabeça e/ou nas mãos.

Antes de finalizar, FBC também discursou, ressaltando sua vontade de cada vez mais fomentar e exaltar a música brasileira. Disse que veio do rap, do viaduto de Santa Tereza em BH, mas que não queria se limitar. Também mandou um foda-se para as dancinhas do TikTok e as charts musicais (paradas de sucesso), que (segundo ele) pretendem colocar o artista dentro de uma caixa.

Esperados, Don L e niLL não marcaram presença na sexta para interpretarem suas partes. niLL apareceu no sábado para fazer sua participação em “DILEMA DAS REDES”.

Depois da festa disco, soul e funk, FBC fechou sua apresentação com “SE EU NÃO TE CANTAR” e os sucessos de “Baile” (“De “Kenner”, ”Se tá Solteira”, “Delírios”, o álbum feito em parceria com o VHOOR. Enquanto geral cantava, dançava e se divertia, ele assinava vinis. Não queria finalizar, apesar do horário avançado. Pediu para fazer mais uma, depois outra e mais duas. Foi quase uma versão real de madrugada maldita, porém sem toda aquela tragédia.

O momento da benção

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