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Kayode, no flow da pele

Antes conhecido como MC Joker, o rapper inicia sua jornada com um álbum autoral de 18 faixas.

Antes do rap, Kayode passou pelo funk. Como MC Joker, atingiu números expressivos e ganhou uma certa relevância. Fez parcerias com MC Boy do Charmes, Neguinho do Kaxeta e MC Kelvinho. Mas apesar de conquistar seu espaço, ele decidiu migrar para um estilo que refletisse fielmente a realidade que vivia naquele momento.

“Ali pelos meus 16-18 anos, eu passei a viver umas paradas mais densas, uns bagulhos mais cabulosos, que eu já não me via mais cantando”, revela o MC ao RAPresentando. “Naquela época era ostentação, mas eu estava dormindo na rua. Aí, como é que eu ia cantar sobre ostentação dormindo na rua? Graças a Deus eu sempre tive uma facilidade com rimas e palavras. Sempre gostei muito de rap, e decidi fazer algo que estava mais próximo da minha realidade”.

Nenhum pouco arrependido pela mudança, Felipe Kayode diz que ainda continua produzindo e consumindo funk, porém, o seu foco agora é outro. Isso fica evidente em “Flow da Pele”, o álbum que dá o pontapé inicial a essa fase 2.0. O trocadilho com a frase flor da pele está relacionado a algo interno, a um tipo de sensação que de tão profunda é externalizada pelo corpo.

“Tem a ver também com o rap, com o que é nosso e vem de dentro. É uma parada que a gente não tem como se libertar. A fotografia na arte da capa é como se as pessoas estivessem ouvindo a nossa pele, meio que ouvir o que você é, e não somente o que está dizendo”, reflete.

 

Foto: Felipe Vieira

 

Indo na contramão da maioria, principalmente no Brasil, o MC da Zona Oeste de São Paulo fez um disco com 18 faixas, tendo músicas intercaladas com interlúdios que contextualizam o que virá na sequência. Entre estudos e produção, o processo criativo levou mais de dois anos para ser concluído.

Para chegar a versão final, diversas músicas ficaram pelo caminho, algumas das quais o artista pretende não ouvir nunca mais por carregarem assuntos desconfortáveis. Uma das que se salvaram dessa “eliminação” foi “Podcast”. Nela, Kayode compartilha um episódio que quase o levou para a prisão depois de ser confundido com um assaltante. Lembrar desse período foi como tirar a casca de uma ferida que já estava quase cicatrizada.

“Não gostava de falar sobre o tema de Podcast. Tanto é que quando contei a história pros caras no estúdio, eles perguntaram: isso aconteceu com você? Foi uma parada que eu sempre fiz questão de fingir que não aconteceu. Eu fiz muitas músicas antes, teve umas que eu chorei fazendo, outras que chorei depois de fazer. Tem música que não quero ouvir nunca mais, porque reabriu feridas, mas é bom porque serve como terapia você exterminar essas paradas através da música”, afirma.

 

 

OFF
“Os instrumentais do disco vem do Paiva, que é o produtor que fez toda a direção artística comigo. Ele tem essa versatilidade, que é uma parada que ele me mostrou que eu também tinha, mas não sabia. Até o início da produção desse disco eu também estava mais habituado a fazer o que está rolando. Você vai encontrar beats de drill, boom bap, old school… a gente prezou por mostrar muito do que a gente sabia fazer e eu tentei mostrar o que achei que acrescentaria, e que estava faltando”.

 

BASEADO EM FATOS

Com suas composições, Kayode pretende transmitir verdades, experiências e a caminhada que percorreu. O conceito é explicado didaticamente no vídeo espelho, que se tornou uma exposição sonora no Museu das Favelas, em São Paulo.

Para atingir o objetivo, voltou às raízes. Foi consultar os familiares para saber se as letras correspondiam com a realidade. “A gente tem essa questão da forma que a lembra das coisas, mas muitas vezes não é como aconteceu de fato”, observa.

Na base, tanto familiar como espiritual – ligada ao candomblé -, pegou todas as referências que necessitava para direcionar o trabalho. Por considerar o rap que faz abstrato e peculiar, ele teve um certo receio de fazer convites para que outros artistas participassem dos seus sons. Tanto é que escalou apenas apenas dois para “feats”: Vitor Xamã e Clara Lima.

 

Foto: Felipe Vieira

 

“Para ser bem sincero, eu tenho um jeito doido de fazer música e talvez alguns não entendam a minha pira”, ressalta. “Não que a pessoa não vá fazer uma parada legal, só que eu fico meio assim de não entenderem. Porém, existem algumas exceções. O Vitor é disparado um dos melhores que temos, e a Clarinha não tenho o que falar, ela foi cirúrgica no que a música queria dizer de fato”.

Da mesma forma que deixou o funk por não se identificar com aquilo que cantava, Kayode não quer entrar no jogo da indústria musical, que agora viu no rap um capital rentável. Pretende fazer seu nome, ganhar dinheiro e influenciar pessoas sem ter que entrar no jogo do mercado.

Eu tenho algumas opiniões impopulares sobre isso. Não tenho nada contra os raps que falam sobre glamour, luxo e riquezas, mas penso que temos que tomar cuidado pra não cair nessa armadilha do mercado”, alerta. “Eu vejo alguns MC’s contestando porque o rapper branco ganha mais, sendo que tem tantos negros foda. Mano, o bagulho é mercado. E o mercado é dos caras. Enquanto a gente não trabalhar pra favela consumir o que os caras vendem, não tem como reclamar que o MC que ganha mais é parecido com eles”.

 

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