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Entrevista | Tropkillaz: “A gente foi pioneiro do trap sem nem saber”

O Tropkillaz é a junção de dois paralelos. Separados pelo tempo, Zé Gonzales e André Laudz (Zegon) se conectaram perfeitamente. Zegon é um veterano do rap e do eletrônico que já trabalhou com medalhões da música – de Planet Hemp, Racionais MCs e Sabotage a Kanye West, Cee Lo Green e De La Soul – e conquistou o mundo ao lado do DJ Squeak E. Clean no projeto N.A.S.A. Já Laudz, até anos atrás, era um prodígio produtor que aos poucos conquistava seu espaço.

A união dos 2 começou em 2012, após várias trocas de mensagens no Twitter. A continuação da história todos conhecem. De lá pra cá, o Tropkillaz alçou voos cada vez mais altos. E não poderia ser diferente. Das parcerias inusitadas aos bailes mais quentes – presenciei um deles no Lollapalooza (você pode ler AQUI) -, os DJs tomaram o “mundo de assalto” com suas fusões de trap, funk, rap e o que mais encontrarem na prateleira. “Não importa o rótulo. A gente curte todos os tipos de ritmos e a gente não tem barreiras pra trabalhar com eles”, diz Zegon.

Conversei com eles por telefone, um dia depois de “Dame Mais” ganhar os streamings e seu vídeo chegar ao Youtube, onde em poucas horas recebeu milhares de plays. “A música surgiu bem rápido, coisa de 10 minutos. O Laudz começou o beat, eu gostei do que ouvi, aí mudamos umas notas ali. Na hora a gente pensou no Rincon. O Laudz gravou uma guia como se fosse a voz do Rincon. No mesmo dia a gente mandou pra ele, alguns dias depois ele já veio e gravou”, diz Zegon. “Depois ficamos pensando num feat feminino e tal… numa coisa em espanhol, talvez. Mas como estamos produzindo a Clau, a gente testou um vocal dela e ficou muito bom. Ela faz uma coisa que foge do tradicional dela. Foi tudo muito rápido e natural.”

Vocês sempre fazem parcerias inusitadas. É tudo planejado ou surgem naturalmente?

Zegon: Normalmente a gente chama aqueles que estão na nossa agenda. A maioria das pessoas que a gente trabalhou ou colaborou eram próximas, amigos… Inclusive nas 3 músicas que lançamos esse ano. O Aloe Black é um cara que eu sempre tive contato. Conheci ele nos Estados Unidos, tocamos juntos em algumas festas (ele como MC e eu tocando)… Também temos muitos amigos em comum, foi só uma mensagem aqui e outra ali e já rolou. Com o Diplo do Major Lazer é a mesma coisa. Ele é um grande amigo de muitos anos que está sempre com a gente e fez acontecer. O Kevinho também é da casa… E agora o Rincon que é um parceiro de muitos anos… Recentemente eu lembrei que no primeiro show do Tropkillaz, na Clash em São Paulo, no final de 2012, o Rincon participou como convidado. A gente sempre foi brother. A gente tem trabalhado bastante assim (com amigos) e também cavando oportunidades mais difíceis. Mas estas foram bem naturais.

O Tropkillaz foi um dos primeiros a fazer trap aqui no Brasil. Imaginavam que o trap ganharia notoriedade tão rápido?

Laudz: Acho que pioneiro nunca dá pra falar, né cara!? A gente começou mesmo sem saber que existia essa cena no Brasil… Até fazíamos o que hoje chamam de trap, só que ainda não era rotulado…

Zegon: O que a gente fazia era um hip hop eletrônico, que é diferente do trap, essa tendência que está dominando o cenário atual, que é o trap com influência de Atlanta. A gente já fazia como se fosse beat de trap, com 808, grave forte e construção de música eletrônica, com samplers de voz [igual a gente usava nos beat de rap]. A gente estava inventando essa fórmula na primeira geração do trap eletrônico, só que a minha escola e a escola do Laudz é a escola do hip hop. Então, de certa forma, a maioria das pessoas que estavam fazendo isso nos Estados Unidos e na Europa eram da cena eletrônica, não da cena do rap. Isso de um certo destaque pra gente mundialmente. Mas na nossa raiz, no nosso sangue corre o hip hop… Depois que vieram os traps gravados em português. De uma certa forma, a gente foi pioneiro do trap sem nem saber. A gente não estava preocupado em criar algo, só estávamos fazendo o que acreditávamos.

Tropkillaz

Eu lembro que no início vocês foram muito criticados, teve uma certa resistência dos “amantes” do rap “clássico”. Muitos não entenderam bem a proposta. Hoje já tem uma aceitação maior.

Zegon: É a nova geração, né!? Eu sou oldschool, da época do golden era… O Laudz já é de uma geração mais nova, mas ao mesmo tempo sempre curtiu o rap clássico, sempre foi aberto a outros estilos. Eu também sou muito aberto à música, independente de rótulo… Tanto de música eletrônica quanto todos os estilos e vertentes. A gente não tem bloqueio com isso. Eu senti a resistência da geração anterior, que hoje vê a molecada nova chegar e tomar espaço… Na verdade, as duas gerações têm que abrir o olho. O que eu vejo é a falta de conhecimento que a molecada nova tem, de não querer saber, de não querer entender o que é, de onde surgiu e de onde veio, certo!? Parece que o rap surgiu já no Atlanta (trap). E além de não entender, as pessoas não respeitam muito essa caminhada. Ao mesmo tempo, a velha guarda não respeita os novos. Tem que ter um respeito mútuo pra música caminhar de uma maneira legal e atingir mais gente. É isso que, na minha visão, atrasou um pouco. Agora o pessoal está abrindo um pouco mais a mente e entendendo melhor… Estão entendendo que é um ciclo, são fases. Eu acredito ainda que os estilos vão se fundir ainda mais e os BPMs vão mudar… Não é assim só aqui. É no mundo inteiro. Quando o trap chegou muita gente que era das antigas, dos 90 e 2000, torceu o nariz.

O rap está perdendo a relevância na periferia e o funk vem ganhando espaço. Isso está acontecendo porque geral já está saturada em ouvir músicas sobre problemas e querem um pouco mais de festa?

Zegon: O rap perdeu espaço quando os rappers pararam de fazer música pra tocar em balada. Num passado recente, todas as músicas que bombaram no rap nacional tocaram em bailes, todas, todas. Isso estamos falando de 5 pra 15 anos atrás. A grande maioria dos hits de rap tocavam em baile. Eles começaram a fazer música esquecendo a cultura de festa e deram uma atenção maior a outras coisas. Isso afastou um pouco (os ouvintes) e o funk veio crescendo. Agora é um fenômeno inegável, diferente e organizado. O funk também veio se profissionalizando, sendo que antes não era uma música tão bem produzida e bem feita, e se tornou a música pop nacional… são ciclos, gerações, entendeu!? A geração nova cresceu e transformou o funk nesse gênero que vem dominando. E eu acredito na fusão. Que nem você falou, a gente mistura tudo o que a gente curte, e a gente curte música BOA! Não importa o rótulo. A gente curte todos os tipos de ritmos e a gente não tem barreiras pra trabalhar com eles, desde um trap, rap, um funk, arrocha, o eletrônico, o house… a gente curte música.

Esse é o elemento principal para juntar artistas brasileiros e gringos na mesma track? Como essas conexões são feitas?

Zegon: De forma natural… mas mesmo assim, acho que a Anitta foi bem visionária em fazer uma música em português com inglês usando um funk e um trap, coisa que ninguém tinha feito antes. Se a gente pensar, isso não é uma coisa óbvia de fazer. E ela foi bem corajosa e deu certo, explodiu. Eu curto muito essa história de misturar línguas, eu gosto. Algumas pessoas acham desnecessário. Eu já acho que dá pra atingir mais gente, mesmo que não seja tão popular.

E esse novo momento do mercado da música com o digital?

Zegon: Olhando 2, 3 anos atrás era tudo bem diferente. Agora tá tudo mais rápido e as coisas duram menos. Quero ver como vai ser daqui há 5 anos. Quanto tempo vai durar o que está sendo lançado agora? Será que há 10 anos vão estar ouvindo as músicas que estamos produzindo hoje? Eu penso o tempo todo em fazer música atemporal. É uma missão difícil. A gente tem que pensar em fazer música pro futuro não só para o momento. Hoje em dia, a velocidade, a forma de divulgar e as ferramentas de divulgar estão muito diferentes e isso também reflete um pouco nos shows, em sentir que você tem um público, que paga ingresso pra ir te assistir… É muita coisa envolvida. A gente tem que trabalhar sempre pensando em tudo isso. Mas é legal.  É a nova era, então vamos nos aproveitar dela.

Isso fez com que ficasse mais fácil fazer música?

Zegon: Fazer música está mais fácil, porque tem tudo ali. Tem tutorial, tem kit, tem onde você baixa o som, tem programa grátis. Agora, acertar e fazer música boa, música que te diferencie é outra coisa. Fazer música de qualquer jeito é super fácil. Mas ter um estilo original próprio, ficou mais difícil. O nível subiu porque ficou fácil de fazer. Então, para sobressair você tem que ser muito melhor.

O que podemos esperar do Tropkillaz pra 2019?

Laudz: Estamos fazendo alguns singles. Pode ser que até o carnaval a gente lance algo. E vamos lançar bastante coisa o ano que vem, fazer muitas participações inusitadas. Já temos coisas prontas, gravadas… e claro, depois de alguns singles um álbum completo, que é algo que a gente sempre quis fazer….

Zegon: Agora que a gente tem contrato com a Universal Brasil (até alguns mês es atrás o nosso contrato era global, então as músicas eram pensadas no mercado mundial, não só Brasil. Então, a gente vai ficar um pouco mais livre pra fazer música pensando só no mercado local. É claro que vamos continuar fazendo música pro mundo, mas também com um viés voltado para o público do Brasil.

Indicamos também: Entrevista | Djonga: “Eu gosto de ser o criador, no sentido de me desafiar”. Leia aqui.

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