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Foto: Reprodução Instagram

Opinião – Fãs dos MC’s de rap nunca estarão preparados para as MC’s do rap

Diss da Ebony para vários rappers abre novamente a discussão sobre o privilégio masculino no rap BR

Espero que entendam… a desvalorização da mulher no rap é algo que faz parte da cultura hip hop ao longo dos seus 50 anos. Essa afirmação pode soar agressiva para alguns, porém, infelizmente, não tem como maquiar a realidade, que de bônus recebe o complemento do machismo, misoginia e homofobia. Para que não fique só na bolha do rap, esse “problema” reflete a sociedade e está impregnado em diferentes manifestações artísticas, do jazz ao rock, passando pelo blues, fotografia, literatura e pintura – assista na HBOMAX o documentário “Arte Negra – Na Ausência da Luz”.

A série “Ladies First” escancara ainda mais o que muitos sabiam, mas ignoravam. O segundo episódio (“O que elas enfrentam?”) é o que mais aborda o assunto. Mas alguns momentos chamam mais atenção – para não dar spoiler para quem não assistiu – por se conectarem com o contexto atual. O primeiro é a diss misógina que o BDP, liderado pelo KRS-One, fez em 1987 (“The Bridge Is Over”) para Roxanne Shante, então com 15 anos, só por se sentir “ameaçado” pelo talento dela (ataque gratuito).

A resposta dada foi “Have A Nice Day”, mas não na “mesma moeda” porque Roxanne tinha mais postura e classe. Não precisa dizer que ela o “enterrou vivo”. Na sequência, Yo-Yo, que foi contratada pelo Ice Cube, revela que na época (1993), ele queria chamá-la de “bitch” (vadia) na letra de “Bonnie & Clyde Theme”, mas teve que mudar depois que Yo-Yo se impôs e disse que não aceitaria. Depois de reclamar, Ice Cube mudou a letra.

 

 

Passados mais de 30-40 anos, tudo mudou e nada mudou. As atitudes não acompanharam a tecnologia. Permanecem intactas (e até piores). Nos bastidores, existem histórias e mais histórias de quem sofreu assédio (moral e sexual) de MC’s conhecidos – e os amigos deles sabem disso. O motivo de não trazerem a público nem precisa ser dito. Já na frente de todos, o discurso é outro. Porém, na internet, os fãs dos MC’s de rap (que na maioria dos casos não aprecia o rap nem o hip hop) destilam seu ódio.

Exemplos recentes não faltam: Flora Matos e Monna Brutal sendo atacadas gratuitamente porque foram anunciadas no line up de festival de trap (e por qual motivo Flora, uma das maiores rappers atualmente (e não é de hoje), está fora dos maiores festivais do país?), sem contar as outras perseguições; e Melly, que foi invalidada pelos fãs dos MC’s de rap depois que venceu o prêmio Multishow como revelação, desbancando rappers – e são apenas dois casos de vários.

Não podemos considerar – como já fizeram – que essa seja uma guerra dos sexos (no rap), porque os homens sempre estão em vantagem nos números, público, acesso, dinheiro e privilégios. Mesmo (e apesar) da qualidade dos trabalhos que fazem, as mulheres no rap brasileiro ainda não têm reconhecimento.

Esse apagamento, inclusive das pioneiras, voltou à pauta depois que Ebony soltou a diss “Espero que entendam”, produzida pela Larinhx. Nas rimas, ela deu “nome aos bois”. Foi grandona. Chamou pras ideias, assim como Roxanne fez com KRS-One. E da mesma forma que ele ficou sem recursos para responder o contra-ataque, todos os rappers citados por Ebony se fizeram de desentendidos. Não se ligaram no viés crítico da mensagem. Os que acompanham eles tanto entenderam como se incomodaram. Pelas respostas, os alvos da diss a acharam engraçadinha, como fosse apenas uma peça sarcástica bonitinha, de zoeira. Foi meio que: “OK, daora! Ela é braba mesmo.”

O chacoalhão pode ser que ajude a mudar algo… pode ser. Nada é garantido. Depois que a poeira baixar nas redes, qual vai ser a atitude desses e outros rappers, do mercado, dos contratantes de shows, dos curadores de festivais, playlists, da imprensa “especializada” (inclusive nós), das páginas de rap… dos fãs/público? Será que alguma coisa vai mudar ou continuará da mesma forma como se nada tivesse acontecido? Só o tempo vai dizer… ou não.

 

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