Clássico é clássico. E para chegar a esse patamar não precisa de hype nem hits. O “Crônicas da Cidade Cinza” (2011), do Rodigo Ogi, sintetiza muito bem isso. Chegou a esse status pela relevância das suas mensagens e estética sonora, que não ficaram presas a um momento específico. Por isso, continua relevante 10 anos depois de ganhar o mundo.
Para celebrar a primeira década do álbum que marcou a estreia solo do MC paulistano, a Somatória do Barulho fez a versão em vinil duplo. Diferente da versão original, que tem artes d’Os Gêmeos, a capa gatefold e a arte gráfica foram assinadas pelo ilustrador Wagner Loud, e o layout tem as quatro mãos da dupla de grafiteiros e artistas visuais Skola.
Toda essa comemoração não se limita ao áudio e visual (levando em consideração que o vinil é também uma peça artística). Assim como aconteceu em 2017 com “Pé no Chão”, a ÖUS produziu uma série limitada do modelo PHIBO 1123.
Nele, o logo da ÖUS tem gravações a laser que remetem às ranhuras do vinil, o forro é feito de garrafas pet 100% recicladas e sublimado com artes do disco, possui inscrições Lado A e Lado B, uma em cada pé, e a etiqueta da língua remete ao ícone do Ogi na capa do disco.
No ano em que foi lançado, 2011, CDCC figurou entre os primeiros nas listas de melhores álbuns. É a visão detalhada de Ogi sobre as paisagens, conflitos e indivíduos de São Paulo.