O consumo de música nos Estados Unidos continua em alta. Os formatos se transformaram, mas a compra de obras gravadas voltou a crescer depois de quase 20 anos anos de retração. Em seu primeiro relatório anual, a plataforma BuzzAngle Music mostra que 2016 alavancou a receita da indústria musical. O crescimento, em relação ao ano anterior, ultrapassou os 4%.
Os vinis se destacaram. Em comparação a 2015, houve um aumento de 25,9% das vendas, representando 8% de todos os álbuns físicos vendidos. Já os CDs continuam em queda livre. Em 2016, eles caíram 15,6%. No geral, os físicos perderam 11,7% do mercado. Cada vez mais em alta, o streaming de áudio cresceu 82, 6%, totalizando 250, 7 bilhões de músicas transmitidas. A porcentagem de assinaturas do serviço subiu de 62% para 76% e superou os 100 milhões de assinantes.
Dados da MIDiA’s Music Streamed apontam que o Spotify encerrou o ano com cerca de 43 milhões de assinantes; a Apple Music com 21 milhões; e o Deezer com quase 7 milhões de inscrições. Somente Spotify e Apple representam 64% de toda a base de assinantes globais. De certa forma, a ascensão do streaming contribuiu para a diminuição nas vendas de álbuns e de músicas – físicas e digitais. Em 2016, foram feitos 734 milhões de downloads pagos.
O Rap foi o gênero mais ouvido nas plataformas digitais, seguido do Pop. Drake dominou as paradas. Foi consagrado o artista do ano. O canadense vendeu 6,1 milhões de álbuns. Somente “Views” teve 3,9 milhões de unidades comercializadas. A canção “One Dance”, também de Drake, foi comprada 5,6 milhões de vezes.
As estatísticas apresentadas pela BuzzAngle complementam o relatório da IFPI, de 2016, e da Nielsen Music, que também revelaram o progresso na consumação de música e apontaram a mudança de hábito dos apreciadores da arte musical.