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Nos bastidores de um show do Konai em São Paulo

Mais uma vez atrasada, como sempre. Percebi que se eu não saísse de casa naquele exato momento eu iria perder a oportunidade de escrever este texto. Agora, preciso me explicar. Era pra eu fazer a cobertura desse show de um jeito diferente. Outro lugar. Via redes sociais. Um pouco superficial. Não parece muito profissional da minha parte, mas que bom que deu errado. Existem histórias que precisam ser contadas sem cortes e essa é uma delas.

O bom é que com a nossa própria vida e tempo, a gente faz o que bem entende: eu queria cobrir o show do Konai.

Next Station: Ana Rosa. Eu to sendo um pouco mentirosa aqui. A linha azul nem fala inglês (eu acho, talvez alguém já tenha ensinado para ela). Enfim, descemos. Isto é, eu e minha irmã. Arrastei-a comigo.

Subimos as escadas rolantes e procuramos a saída sentido Rua Vergueiro, lado ‘A’. Não foi difícil encontrar, já havia feito esse caminho algumas vezes antes. A única coisa que me deixou confusa foi o fato do lugar ser considerado Vila Mariana se nós estávamos exatamente no epicentro da Ana Rosa. Existe um bairro Ana Rosa?

Rua Vergueiro, 2676 – Vila Mariana: Jai Club

Chegando lá, foi fácil de reconhecer o lugar. De um lado um bar de rua bem clichê e aparentemente bem conhecido também. Homens com barbas grisalhas e cabelos divididos ao meio segurando garrafas de cerveja cantavam algum samba ou sertanejo enquanto alguns outros mais jovens observavam a situação. Do outro, uma farmácia com paredes cor lilás, que pareciam o vômito de um unicórnio. Entre universos completamente diferentes, exatamente entre os dois estabelecimentos, se encontrava a Jai Club.

Grades pretas com plantas artificiais penduradas ocupavam a calçada com a intenção de tornar o espaço em frente a porta um ambiente mais intimista. A primeira cena que vejo são de duas garotas baixinhas se beijando. Tudo isso entre a farmácia cor de vômito e os idosos cantando sertanejo no bar. Tudo bem, isso não é relevante.

Entramos. O som abafado e as luzes fracas pareciam propositalmente compor o ambiente. Me fez ter a sensação de que estava entrando em algum filme muito bom de décadas passadas. Uma mulher na recepção perguntou se eu queria comprar ingressos. Expliquei que estava ali para cobrir o evento e que possuía nome na lista.

Passamos por outra porta e adentramos numa espécie de sala retangular. Um bar em uma das laterais e um espelho do outro lado. Globos de festas de diferentes tamanhos pendurados ao teto. Tudo em diferentes tons de vermelho. No fundo, o palco por onde já haviam passado duas ou três atrações durante a tarde. Alguns fãs já esperavam para assistir o show do Konai que começaria por volta das 20hs.

Entrei em contato com uma das pessoas da assessoria do Konai, a Bruna, para que ela me levasse até o camarim. Ela me pediu para que eu fosse até o fundo do salão, ao lado dos banheiros, onde eu podia esperar ao lado de uma escada. Subimos. O espaço era ainda mais quente do que o andar debaixo. Lá em cima, além da própria Bruna, estavam sentados em um sofá baixo o Konai, o Ecologyk, que é um dos principais DJ’s do gênero (se não o principal), algumas mulheres que não reconheci, o Nicolas que é videomaker, mais conhecido como “Batata”, e ao lado de pé estava o Alex, que cuida da carreira do Konai (eu tenho até uma leve sensação de que ele está em todos os lugares ao mesmo tempo).

Cumprimentei todos eles e pouco tempo depois os fãs que esperavam pela apresentação começaram a gritar pelo nome do Konai, que logo levantou e observou de um jeito tímido a cena por uma fresta que tinha entre o teto e a parede do camarim. Depois disso, não demorou muito para que o show começasse.

No camarim, Konai cola o seu adesivo no espelho ao lado de outros nomes que já passaram pela casa.

Ele subiu ao palco e nós fomos todos atrás, descendo a escada preta estreita. Aquela era a primeira vez que o traper cantava as músicas de seu álbum ‘Petricor’ em uma performance. Fiquei em pé no canto esquerdo do palco onde havia, surpreendentemente, uma fã sentada com as pernas cruzadas, mas ninguém pareceu perceber ou sequer se importar.

Entre uma música e outra, o espaço nem tão grande, mas nem tão pequeno proporcionava aos fãs a liberdade de serem escutados pelo cantor quase que anonimamente. Isto porque era difícil perceber de onde vinham as falas que emitiam. Nesse contexto, não faltou coragem para alguns expressarem seus sentimentos ao gritar adjetivos como “gostoso” e “delícia”. Mesmo assim, nem todos passavam despercebidos e eu pude escutar uma menina loira que estava bem rente ao palco falando empolgada para sua amiga: “Ele olhou bem na minha cara”.

Durante essas pausas que marcavam a passagem de uma canção a outra, o cantor aproveitava para interagir com o público. “Não é só de tristeza e música lenta que vive o homem”, disse antes de começar a cantar “Game”. Ainda assim, foi possível escutar alguém balbuciando algo como “pode soltar tristeza que eu gosto”.

E foi entre fãs lutando para pegar CD’s do cantor e tentando apertar sua -bunda- que a apresentação terminou. O cantor voltou para o camarim com o auxílio do Alex e entre alguns problemas técnicos finalmente pude conversar com ele.

“Eu tô muito feliz porque fazia muito tempo que eu não fazia show em São Paulo”, começou dizendo. “É sempre uma experiência nova quando eu canto para as pessoas e olho no olho delas para ver o que elas tão sentindo.”

Ele também parecia muito contente e até um pouco impressionado com o momento que estava vivendo. “A pessoa ouve a minha música, aí ela chega até a mim e ela paga um ingresso para vim me ver. Ela me olha nos olhos e chora na minha frente… É a personificação de toda a missão que eu tenho relacionada ao amor e ajudar as pessoas. Tudo sai do papel e vem para a vida. Não são só números na internet, são pessoas que a gente salva”, disse sobre como se sentia em relação ao momento e todos os seus fãs.

A luz estava fraca e eu mal conseguia vê-lo enquanto ele falava sobre o início de sua carreira. Dificilmente um ambiente seria tão propício a honestidade. “Eu comecei fazendo música no meu quarto quando eu tinha 16 e eu era mais um moleque aleatório que tava triste como essas pessoas que me ouvem. A única diferença é que eu tinha uma inclinação pra música”.

Enquanto ele falava, o Ecologyk se posicionou ao lado da escada para observar a conversa. “No decorrer da minha carreira eu precisei encarar a minha música como produto, porque sempre tem aquele meio termo entre escrever o que eu quero e o que as pessoas querem ouvir, mas eu nunca consegui fugir muito de escrever o que eu sinto”, confessou.

“Música para mim é isso, é tudo o que vem de dentro da gente. A gente tem que entender o nosso trabalho como um mercado, porque a gente vive disso também, mas todo esse lado humano já que se não for real para a gente, não tem como ser para outra pessoa”, disse sem perceber que outras pessoas estavam atentas à conversa.

“C*ralho mano, falou bonito”, interrompeu Ecologyk, que depois ficou extremamente preocupado sobre, possivelmente, ter atrapalhado a entrevista.

Depois disso, ele me explicou a origem do nome “Konai”, que é uma mistura de dois personagens do filme da Disney, Irmão Urso (que ele até chegou a me recomendar), o Kenai e o Koda. O longa passa uma mensagem espiritual bastante forte sobre empatia, literalmente se colocar na pele do outro e essa percepção do próprio “eu”, que são coisas que o cantor procura sempre passar em suas canções.

Enfim, enquanto conversávamos, o Alex organizava uma sessão de fotos e autógrafos na parte externa da casa. Não tem maneira melhor de finalizar essa experiência se não com as últimas palavras dele durante a entrevista. “Respeitem seus pais e amém o próximo.”

“Ah, lembrem de beber bastante água”.

Indicamos também: Npe³, “O Último Homem das Letras”. Leia aqui.

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