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2DE1

Fé no que virá depois do caos; a emersão do 2DE1

Com o single/vídeo "Emersão", os gêmeos do 2DE1 iniciam a jornada para a chegada de um EP com 5 músicas.

“Emersão é uma música que fala desse processo que é sair com uma fé que a gente consegue construir daqui pra frente… fé no que virá, como está na letra”. Quem afirma é Fernando, o irmão gêmeo do Felipe. Os dois juntos formam o 2DE1. Após dois álbuns, singles, parcerias e milhares de streamings, eles iniciam a jornada do EP “Emersão”, que terá a participação do Dj Duh (vencedor do Grammy Latino e responsável por produções do Emicida, Rashid, Tássia Reis) e da rapper argentina Pitoniza.

A narrativa dessa história de cinco capítulos é iniciada com um desabafo poético, sensível e sincero no R&B homônimo ao projeto. Apesar da suavidade na transmissão da mensagem, possui também indignação e revolta. Porém, o foco está na fé no que virá depois do caos.

“A música resume bem o que a gente quer falar… de se questionar muito sobre por que que a gente está isolado, que raiva é essa que a gente tá sentindo dentro de casa, e quem faz a gente ficar com raiva e ao mesmo tempo anular a gente na luta… de que sistema é esse? E mistura um monte de sentimento, de emoção… de gente que deixamos pra trás”.

Apesar de vários momentos sem inspiração e da incessante vontade de não fazer nada, as ideias do projeto foram desenvolvidas ao longo da pandemia. Tinham o desejo de colocar para fora o que incomodava por dentro. Mas eles não queriam fazer algo somente para preencher uma lacuna. O plano era fugir do óbvio e criar uma obra inteira em que tudo se conversasse, desde a produção até a letra. Felizmente, a meta foi atingida com sucesso. “A virada foi quando a gente começou a se criticar. Muitas vezes, muitas noites, a gente parava e tomava uma cerveja e metia o pau na gente mesmo, no sentido de: ‘pô, o que a gente errou até aqui, o que a gente acertou, o que a gente quer ser, como que a gente quer falar, se comunicar’. E isso vem com a nossa ação dentro da militância também. E isso fez muito parte desse EP… do que a gente está construindo”, observa Felipe, que é complementado pelo irmão: “escrever o disco depois que a gente já tinha um contexto estruturado na nossa cabeça do que iríamos falar… não vou dizer que é fácil, mas ficou mais tranquilo pra gente, porque conseguimos ter um foco para escrever… tem uma pegada de tudo que a gente escutou desde sempre, que é essa pegada mais dramática e romântica”.

 

 

Esse romantismo não está desconectado do posicionamento político e militante de Fernando e Felipe. Isso se reflete também na data escolhida por eles para a estreia do single e do vídeo “Emersão”: 28 de junho. Foi na madrugada desse dia em 1969 que aconteceu a Revolta de Stonewall, depois que policiais invadiram o bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, agrediram e prenderam frequentadores, majoritariamente homossexuais, drag queens e travestis. Naquele período, as relações entre pessoas do mesmo sexo eram proibidas. Mas a ação da polícia teve reação por parte de quem estava no local, vizinhos e adeptos à causa. O levante formado se tornou essencial para o começo de importantes mudanças. Após 6 meses foi criada a Frente de Libertação Gay dos Estados Unidos. E quando o ato completou 1 ano, aconteceu a primeira Marcha do Dia da Libertação, precursora do Mês do Orgulho LGBTQI+ (celebrado em junho).

Todo o histórico de luta iniciado há mais de 50 anos faz parte da essência desse som agridoce, que também retrata as dores e a vontade de encontrar o amor nesse período obscuro que o Brasil enfrenta pela falta de governança, saúde, emprego, oportunidades, igualdade e uma série de dificuldades enfrentadas pelos brasileiros que estão na base da pirâmide.

“A revolta (de Stonewall ) em si não foi só sobre respeito à diversidade (“há, me respeita a ser quem eu sou”)… era uma revolta por moradia, por segurança, por emprego. Eram pessoas marginalizadas que estavam ali tentando mudar sua situação financeira também (economicamente falando). A mensagem de emersão é sobre essa luta, e é sobre essa camaradagem que a gente quer trazer”, reflete Fernando. “Quando a gente fala de pauta LGBTQI+ não adianta ficar falando só de orgulho e sobre amor. Acho que é sobre isso, mas é também sobre emprego para a população LGBTQI+, é sobre assistência médica que cumpra a realidade dessa população, é sobre educação, é sobre moradia para jovens trans que são expulsos de casa. Enfim é sobre muitas coisas”.

 

2DE1
Foto: Célio Roberto

OFF

“A gente tinha essas músicas. A gente escreveu sobre isso (o momento). E a gente queria que todas fossem boas… uma história. A gente tem a ideia na real, de lançar esse EP agora, mas logo logo a gente lança um parte 2…”

 

Inclusa nesse número infinito de demandas está a esperança na mudança real da sociedade – sem nenhuma maquiagem. Provavelmente sem ela no radar qualquer tipo de luta seria inútil. É essa fé que move os 2DE1. “Na verdade as pautas e os direitos que foram conquistados até aqui foi só dentro do que é tolerado, do que é possível vender pelas marcas. Essa representativa comercial é importante, mas também é limitada. A gente precisa mais. Além de um comercial LGBTQIA+, precisamos que nas equipes tenha pessoas LGBTs”, ressalta Fernando.

Vislumbrando esse futuro com uma certa expectativa, os irmãos usam a arte para contribuir com a transformação, gerar conhecimento, provocar e (ajudar a) construir a cura. Essa subida à superfície é o primeiro passo para começar a trilhar um caminho cheio de obstáculos. A força para chegar até o final dele está em acreditar naquilo que está por vir.

“A gente não sabia e não sabe ainda como que vai ser no pós pandemia pra arte… mas é preciso que a gente encare esse momento também (nunca a ofensiva foi tão grande)… é preciso a gente colocar nome nas coisas. É preciso a gente colocar o nome do presidente do Brasil no que está acontecendo. É preciso a gente olhar para o sistema capitalista, e não é só o Bolsonaro”, observa Fernando. “A ofensiva burguesa liberal nunca foi tão grande. Então, é preciso que a gente olhe pra isso e veja essa catástrofe que está acontecendo da maneira que ela é”, diz Felipe. “A minha fé é que vai crescer um movimento anti-capitalista real. E tá crescendo né.. eu tenho fé e eu vejo que tá tendo uma crescente. Se for pra falar de um futuro que eu acredito, é num futuro socialista com certeza”.

 

Foto capa: Célio Roberto

 

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