Yzalú deixou de lado a profissão de analista logística para se dedicar completamente a música. Aos 33 anos de idade, a artista debuta com Minha Bossa é Treta, disco em que funde o rap com o samba, jazz, afrobeat e MPB. De 12 faixas, incluindo uma composição inédita do Sabotage, em que Yzalú explora uma bossa nova marginal, investindo, apenas, na voz e nos acordes do violão, o projeto é produzido por Marcelo Sanches.
“Só agora pude gravar o meu primeiro disco, economizando cada centavo, fazendo hora extra e uma série de shows para bancar o sonho de ter o meu próprio material de trabalho”, diz ela. Nunca é tarde para tentar viver do que se ama, basta acreditar e não esperar que façam por você, não é? Se há verdade e força de vontade, apenas faça”.
Feminista assumida, Yzalú ressalta que Dina Di, considerada a rainha do rap, foi sua maior influência. “Ela é tão essencial para o rap e, principalmente, para nós mulheres que fomos bem representadas em suas letras. Lembro que, em 2009, tive a imensa felicidade de conhecê-la pessoalmente. Esse encontro me fez enxergar as minhas próprias qualidades enquanto uma artista negra, oriunda dos morros da periferia”, afirma.
Em Minha Bossa é Treta, Yzalú recebe a “assistência” musical do percussionista e cantor Gustavo Da Lua (Nação Zumbi) e da baterista Bianca Predieri. Essa é a continuidade de algo que começou em 2003 e representa, com muita felicidade, tudo que eu sou”, observa. “Estou muito satisfeita com o resultado, dei o meu melhor e espero que o público consiga perceber isto.”
Ouça Minha Bossa é Treta: