As “rimas vorazes” de Clara Lima ganharam o BR. Aos 19 anos, a MC das Minas Gerais decidiu “tomar de assalto” o seu lugar . “É difícil ser aceita neste meio por ser mulher. Nas batalhas MCs, por exemplo, os homens geralmente não aceitam a vitória de uma mulher”, diz.
Atual campeã da batalha de rimas do YO Music, Clara – que também integra o DVTribo junto com Djonga e Fabrício FBC – está fazendo seu debut com o EP “Transgressão”. Nele, a rapper fala das experiências vividas na comunidade Ribeiro de Abreu, em BH, e mostra qual é a realidade de lá. “Este álbum, para mim, é o rompimento de vários padrões, tanto do rap, quanto da sociedade. Sou mulher, negra, lésbica, periférica e quero viver de música”. Clara Lima quer deixar claro que pode chegar aonde quiser.
Ela não pretende ostentar, como pode transparecer na capa do disco. A intensão dela é outra. Clara afirma que todos os elementos ali posto corrompe o ser humano. Na sua visão, armas, dinheiro, drogas e bebidas “são coisas que ao mesmo tempo que dão poder, transgridem a mente humana.” E seu EP se baseia nesse conceito.