Mais uma vez Tom Misch e Yussef Dayes unem forças. Agora, não é apenas para um single como aconteceu em “It Runs Through Me”, do LP “Geography”. Os dois vão ser parceiros no projeto “What Kinda Music”, previsto para sair no dia 24 de abril pela lendária Blue Note. A proposta deles é fazer experimentações fundindo eletrônica, jazz progressivo, rap. Misch e Dayes querem levar o ouvinte a um passeio espontâneo, inebriante e atraente, dando uma visão singular do DNA de ambos.
Cada um tem sua particularidade, mas se complementam. Da mesma área do sudeste de Londres, Tom Misch viu Yussef Dayes tocando bateria pela primeira vez no show de talentos da escola quando tinha 9 anos. “Yussef vem de uma experiência mais experimental, e ele tem muitas idéias loucas e soltas”, diz Misch. “Eu sei escrever uma melodia cativante, mas com acordes interessantes e eu tenho um bom entendimento das formas de músicas populares, então acho que Simplifiquei essas idéias e as tornei acessíveis”.
O vídeo da música que intitula o disco, “What Kinda Music” dá uma pequena amostra dessa junção de predicados. O diretor Douglas Bernardt observa que “Tom Misch e Yussef Dayes são ótimos exemplos da amplitude da cena do jazz em constante crescimento no Reino Unido”.
“Dayes é um baterista conhecido por trabalhar com seus irmãos na United Vibrations e Yussef Kamaal. Misch, enquanto isso, inclina-se em uma direção mais pop, com suas composições emprestando seu estilo para colaborações com Loyle Carner, GoldLink e De La Soul”, resalta Douglas. “Não havia caminho óbvio para o par seguir quando se reuniram para gravar esse álbum colaborativo. Essa música é um loop assustador, de ficção científica, que funciona como a estrutura para uma batida pesada sobre a qual Misch fala sobre seus demônios, aprofundando suas emoções além do seu estilo habitual e alegre””
De 12 tracks, o trabalho recebe a participação de Freddie Gibbs, Rocco Palladino e Kaidi Akinnibi. Para Dayes, as intenções da obra são ainda mais profundas do que apenas música. “Nossos pais, que nunca haviam se conhecido antes, agora são melhores amigos – agora se vêem mais do que nós! Eu gostaria de pensar, de alguma maneira, que este álbum tem um impacto semelhante para as pessoas também – tudo parece tão dividido hoje em dia, seria legal as pessoas ouvirem o disco e ouvirem dois músicos muito diferentes se unindo e perceberem que não precisa ser assim”.
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