Prestes a desembarcar no Brasil para fazer shows no Festival MITA, nos dias 14/05 em São Paulo, e 22/05 no Rio, e no Opinião em Porto Alegre (20/05), Tom Misch iniciou um projeto completamente distinto do que suas fusões de jazz e soul. Usando o “alter-ego” Supershy, ele experimenta uma textura mais eletrônica
Convocando sem esforço a discoteca old-school, deep house e soul digger, a música “Happy Music” é um banger clássico, mas profundamente contemporâneo, nascido, como a melhor dance music, fora dos tempos de escuridão. Impossível ficar parado assim que os primeiros acordes começam a bater.
O Lado B de estreia é “Something On My Mind”. As linhas são totalmente distintas da primeira, tendo um seguimento mais pulsante, colorido e alucinado. Esses dois contrapontos mostram a capacidade que Supershy tem para levar sonoridades dos clubs undergrounds a lugares diferentes. Não é uma reinvenção da roda, mas é pungente e alegre.
A criação desse “outro” direcionamento de Tom surgiu com a pandemia. O músico considera que essa foi “uma nova saída, através da qual poderia experimentar maneiras de fazer um tipo de som dançante, que também fosse transformador”. Para isso, foi buscar inspiração nos pioneiros antes dele, incluindo o deep house de Larry Heard e Kerri Chandler, e o som polido de Todd Terje, Dam Swindle e Peggy Gou.
Em paralelo, Tom Misch está trabalhando no seu próximo álbum de Tom Misch. Uma das certezas agora é que muito em breve as duas músicas atuais dele (sem dúvida) estarão presentes no set dos DJs. É para dançar até suar.
Foto: Nicole Ngai