Também conhecido como Manicongo, Rincon Sapiência agora é patrão. “Placo” é o seu primeiro trabalho na própria firma, MGoma [“em goma”]. Fazendo a dançante fusão de trap e funk, Rincon compartilha suas experiências de empresário do gueto. Nos quase 4 minutos da track, o MC enfatiza a palavra “placo” [dinheiro na gíria das quebradas], uma forma de deixar bem claro (ou escuro) que a única forma de ganhá-lo é com muito trabalho.
A mensagem de Rincon reflete também a luta de muitos jovens da periferia que através do empreendedorismo pretender ascender socialmente, sem perder a identidade e autenticidade. É uma forma de incentivar a economia criativa na favela e fazer os pequenos empreendedores, do cabeleireiro ao dono do boteco, sonhar com grandes projetos – dentro e fora da comunidade.
“O “corre do placo” acontece num contexto em que o artista se torna cada vez mais dono da sua música e capaz de proteger a própria criação, com liberdade artística e a possibilidade de experimentar novos modelos de negócios”, observa. “A história remete a inúmeros casos de sucesso de artistas periféricos pelo mundo, onde a música se torna um instrumento de auto-realização e movimenta a economia por meio do faça-você-mesmo”.
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