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Essência da cultura indígena guia Owerá nos raps de “Mbaraeté” (resistência)

O segundo álbum do rapper da etnia Guarani Mbyá enfatiza a riqueza da diversidade dos povos originários.

Aos poucos, os indígenas estão criando uma identidade própria para o tipo de rap que fazem. Isso não quer dizer que estejam deslocados de todo o cenário brasileiro. É apenas mais uma forma de mostrar que existem diferentes possibilidades de expressão através das rimas (ou sem elas) e batidas. Sai também do comum, em que as principais (também consideradas as melhores) referências são as que vem de fora.

Assim como seus pares de diferentes etnias, o rapper Owerá – antes conhecido como Kunumi MC – é mais um dos que tem prezado por arquitetar seus rapa com elementos da sua própria cultura, seja nos instrumentais ou nas letras que mesclam o português com a língua guarani mbyá. No segundo álbum dele, “Mbaraeté”, essa intenção fica ainda mais evidente, começando pelo significado do título: resistência.

Para quem está acostumado com o “tradicional” – e fica medindo cada verso, flow e punch Lines -, os mais de 36 minutos podem trazer um certo desapontamento pelo tipo de métrica desenvolvida. Apesar de não ser tão retilíneo como se espera (o que não quer dizer que seja uma regra), o MC consegue criar algo que reflete o seu DNA.

Muito além da estética, o propósito é que a mensagem seja assertiva e direcionada – inicialmente – aos seus, para depois reverberar nos ouvidos dos que são de fora.

 

Foto: Igor de Paula

 

O próprio revela que o seu rap nativo (como tem intitulado) possui momentos em que as ideias são direcionadas para todos e outras específicas para aqueles que fazem parte da sua comunidade – que entendem o guarani. É por esse motivo que seus convidados também são todos indígenas: o escritor Olivio Jekupé, que é seu pai, a companheira Pará Retê e o filho Tupã, Célia Xakriabá, Txaná Ibã, OzGuarani, Brô Mc’s e Djuena Tikuna.

“O Rap Nativo é uma raíz do Rap Indígena. Nós falamos diretamente da nossa Terra, do nosso Território, com a nossa Língua, que resiste há mais de 500 anos para se manter viva”, observa. “É uma luta diária que enfrentamos nas nossas terras. O Rap Nativo nasce desse espaço de luta, mas, também, de celebração da nossa cultura, rituais e da nossa tradição”.

Dessa forma original e distinta, Owerá enfatiza a riqueza da diversidade dos povos originários: Guarani Mbyá, localizada no sul da cidade São Paulo, Huni Kuin e Tikuna, da Amazônia, Xakriabá, de Minas Gerais, e Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul.

A partir da união, ele usa um gênero musical urbano para expor problemas comuns enfrentados por indígenas ao redor do Brasil, porém, não evidência apenas os pontos negativos. Compartilha sua espiritualidade, ritos, costumes e práticas.

Tudo isso é guiado por camadas de batidas eletrônicas, que recebem o complemento de instrumentos tradicionais e sons da natureza. Diferente dos anteriores, “My Blood Is Red” e “Todo Dia é Dia de Índio”, este possui uma maior proximidade da essência indígena, trazendo à tona “cores e sabores” que raramente estão presentes no rap brasileiro. É uma evolução do artista, e esse tipo de singularidade precisa ser cada vez mais explorado.

 

 

Indicamos também: Pioneirismo no rap, frustrações e aprendizados; Uma conversa sincera com Cabal & Terra Preta. Leia AQUI.

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