De quatro em quatro anos, o mundo volta suas atenções para o maior evento esportivo do planeta. Muitos dizem que esse título é das Olimpíadas, mas não há como negar o tamanho da influência que tem uma Copa do Mundo FIFA.

No Brasil, o futebol não é só o esporte mais popular: ele é uma parte significativa da economia do país. Além de ser uma fonte de educação e formação de caráter. Ele é capaz de condicionar o estado de espírito do “verdadeiro” torcedor. É inevitável que se o seu time for mal no final de semana, isso afetará o seu humor na segunda-feira. Mais que isso, alguns relacionam o seu sucesso pessoal com o desempenho do time de coração. Os mais radicais se negam usar as cores do rival, uma minoria nega até se relacionar. É mais que uma paixão, muito mais que um sentimento. O futebol é de fato uma religião.

Mas no período de Copa essas divergências são deixadas de lado pelo sentimento de patriotismo. Afinal, que torcedor de futebol torceria contra sua própria nação – mesmo que fatores políticos estejam em deterioração. Foi nessa onda – ou má intenção – que muitos aproveitaram o fatídico episódio dos “7 x 1” para expor os problemas do Brasil. Num paralelo, não existia ligação daquele resultado com a situação política. Aquele resultado da semifinal da Copa de 2014 entre Brasil x Alemanha foi fora da curva. A habilidade perdeu para a tática. A força psicológica alemã atropelou o emocional dos jogadores brasileiros. O reflexo disso era a falta de reação do seu comandante no banco de reservas. Felipão não queria acreditar no que estava vendo. Um final triste precedido pelo capitão (despreparado emocionalmente) da sua equipe na disputa de pênaltis das oitavas de final.

No caminho para a Copa da Rússia, o plano de reformulação da seleção foi repensado e alterado. Emergencial, Tite assumiu com a missão de devolver a esperança ao nosso futebol e principalmente aos desvalorizados jogadores brasileiros. Se em 2018 formos campeões, lembre-se que essa geração começou no pedido de desculpas de David Luiz por aquele 7×1, passou pelos insucessos de Dunga, até chegar na conquista da inédita medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio 2016. O hexa será só uma consequência.

Ouça a playlist especial para a Copa:

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