Os últimos dezoito meses foram incomuns para Michael Kiwanuka (e para quase todos os artistas). Quando estava prestes a iniciar a turnê do seu terceiro álbum, “KIWANUKA”, teve de interromper por causa da pandemia. Até então, ele não fez nenhuma apresentação das músicas ao vivo das músicas desse disco. Nesse período, ele começou a escrever e fazer demos para compor um quarto álbum.
Durante essas sessões de escrita, o diretor britânico (vencedor do Oscar) Orlando von Einsiedel procurou saber se ele estaria interessado em fazer uma contribuição musical para o documentário, “Convergence: Courage In A Crisis” (em português, Convergência: Coragem Em Tempos de Crise – disponível na Netflix), que apresenta uma população global diversificada de pessoas de oito países que compartilham narrativas pessoais e profissionais sobre a desafiadora emergência sanitária.
Michael aceitou o desafio e compôs “Beautiful Life” para a música-título. A gravação foi feita em Londres ao lado do produtor St Francis Hotel. É o clássico Michael Kiwanuka: sons de outro mundo, tons psicodélicos, “sujos, e aquele vocal rico e melífluo. É um “retorno” classe de um dos artistas mais visionários dessa geração.
“Nessa música, eu queria me concentrar no sentimento de que há uma força real no espírito humano quando você tenta buscar a beleza, mesmo em situações difíceis”, observa ele. “Claro, em algumas situações isso se torna cada vez mais difícil. Mas eu só queria refletir sobre isso e me perguntar como seria a vida se eu vivesse assim. Em última análise, o que quer que as pessoas sintam ao ouvir a música está OK pra mim. Mas o que eu estava tentando emitir é um sentimento de desafio. Um sentimento de força na adversidade”.
Trabalhando agora no projeto futuro, Michael Kiwanuka finalmente vai se encontrar com o público em 2022. A tour no Reino Unido terá shows na Brixton Academy e Alexandra Palace. Depois ele circula pela Europa. Algumas agendas já tem ingressos esgotados.