Manter viva a história ancestral brasileira é um dos objetivos de Marcelo D2 com IBORU, o próximo álbum dele, que será direcionado pelo samba. Algumas amostras do que virá estão sendo apresentadas ao vivo nos shows que D2 tem feito com um Punhado de Bamba.
O ponta pé inicial oficial foi dado no histórico palco do Circo Voador, Rio de Janeiro, em 20 de janeiro, com direito a casa lotada e ingressos esgotados. “Fizemos festa, dançamos ciranda, batemos nossos tambores e sambamos no que eu posso falar de todo o meu coração que foi uma celebração genuína das nossas raizes, cheia de amor e de alegria”, escreveu ele no Instagram.
A celebração também veio acompanhada da otimista “P O V O . D E . F É”, canção escrita em parceria com o historiador Luiz Antonio Simas e produzida por Kiko Dinucci, Mario Caldato Jr. e Nave. Nela, o cantor/rapper/sambista/diretor de cinema faz sua própria versão de roda de samba com a inserção de elementos eletrônicos do rap, o que garante uma textura moderna, estimulante e, ao mesmo tempo, tradicional e crua.
Para acompanhar a cadência, a composição está alicerçada no afeto e acolhimento, um contraponto do que Marcelo D2 trouxe em “Jardineiros”, do Planet Hemp. Depois de colocar para fora a raiva, ele quer exaltar as histórias dos personagens, lugares e tradições, hábitos e costumes essenciais para a formação da cultura do povo brasileiro. É mais uma forma de manter vivo o que tentaram matar nos 4 anos do (des)governo anterior.
“As raízes dos que vieram antes de mim, lugares e situações em que a minha história ganha vida, legado que dá sentido aos caminhos dos que perpetuam a minha linhagem”, disse. “P O V O . D E . F É entoa o entendimento de que tudo que é ancestral é contemporâneo… Ancestralidade de futuro…”
*Foto: Reprodução Facebook