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Lurdez da Luz, devastada, porém revolucionária

Em 4 músicas do seu EP, a cantora/MC mostra o quanto as mulheres são potentes, seja na luta ou no amor.

 

 

É bem provável que Lurdez da Luz tenha ficado arrasada em alguns momentos da vida. Porém, não deixou que essa condição a fizesse desistir. Pelo contrário, fortaleceu-se. O mesmo aconteceu com as mulheres que a inspiraram a compor o EP “Devastada”: a revolucionária cubana Célia Sánchez Manduley, política, pesquisadora, amante das flores e uma das lideranças na tomada de Cuba das mãos de Fulgêncio Batista; a escritora portuguesa Grada Kilomba; e a (também) cubana Ana Mendieta, performer, escultora e pintora, que teve que deixar seu país depois que Fidel Castro assumiu o poder.

Elas servem como fio condutor para que Lurdez compartilhe suas vivências e visões de onde pretende chegar. Para isso, dividiu o processo em duas partes. Na primeira, a potência da mulher (principalmente a latino-americana) é enaltecida na mistura apimentada de samba de coco e baião que guia “Devastada”. Pela cadência, ela te leva a dançar sem te fazer desviar da mensagem de resiliência que pretende transmitir a outras mulheres. “Para Célia Sanchez” faz uma ode a “A flor mais autóctone da revolução” de Cuba e serve de complemento para a anterior, porém, dessa vez ela aposta na balada (para dar mais sensibilidade), que ganha uma pequena dose de ska nos refrões.

No lado B, a cantora/MC prioriza o desejo, as paixões e fantasias femininas. O neo-soul “Sede de Sertão” é uma carta aberta e sincera que expõe a vontade de mergulhar profundamente no relacionamento com alguém que está a quilômetros de distância. Mas a vontade é que o destinatário se movimente para que esse encontro aconteça e realize os desejos contidos em “Dólar”. Nesta, a moeda norte-americana é usada para refletir a solidez e a instabilidade de um casal apaixonado que, apesar dos altos e baixos, pretende investir cada vez mais na relação.

Para criar uma estética sóbria, que faz a representação do preto e branco utilizado na arte da capa, e se estrutura no rap com referências em diferentes ritmos nordestinos, a artista faz a conexão com o Quebrante, de Mathieu Hébrard e DJ Will Robson, que são complementados por Allan Spirandelli, Marcelo Cabral, Dudu Tsuda, Paulo Serrou e Marina Moreira.

Apesar de ser rápido (apenas 12 minutos), o EP é intenso. De forma poética, Lurdez da Luz cria imagens através das palavras. Unidas, as composições servem como roteiro dramático que narra uma história de luta, resistência, amor, paixão e sensualidade. Indo na contramão do óbvio, “Devastada” é agradável e atraente. Não segue clichês nem se propõe a ficar preso ao tempo. Em qualquer momento que for ouvido, será relevante. Não chega a ser minimalista (ou básico), mas não está carregado de elementos. Tem o necessário para atingir o objetivo proposto: fazer que o ouvido aprecie a quantidade de vezes que desejar sem abandonar ao longo da escuta. Mais assertivo, impossível.

 

 

*Foto capa: Louise Chin

 

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