Kendrick Lamar não quer mais falar de problemas. A missão dele agora é abordar a espiritualidade. “Pimp a Butterly falava sobre o problema. Eu estou em um lugar agora em que não estou abordando mais o problema”, disse ele em entrevista a Wyatt Mason da The New York Times Style Magazine. “Estamos em um tempo em que excluímos um componente importante de toda essa coisa chamada vida: Deus. Ninguém fala sobre isso porque está quase em conflito com o que está acontecendo no mundo quando você fala sobre política, governo e sistema”.
Tratar da espiritualidade é uma responsabilidade que Lamar considera ser urgente. O tempo não pode ser perdido. Então, ele já iniciou os trabalhos de sua próxima obra. Perguntado por Mason sobre o conteúdo lírico do próximo álbum, Kendrick Lamar fez uma comparação de ser pai de menina.
“Um dia posso ter uma menina […] Ela vai crescer. Ela vai ser uma criança que eu adoro, eu vou sempre amá-la, mas ela vai chegar a esse ponto onde vai começar a experimentar coisas. E ela vai dizer coisas ou fazer coisas que você não pode tolerar, mas é a realidade disso e você sabe que ela sempre vai chegar a esse lugar. E é perturbador. Mas você tem que aceitá-lo […] e tem que ter suas próprias soluções para descobrir como lidar com a ação e tomar medidas para ele”, discorre ele. “Quando digo ‘a menina’, é a analogia de aceitar o momento em que ela cresce. Nós amamos mulheres, nós apreciamos sua companhia. E em algum momento da vida eu posso ter uma menina que cresce e me fala sobre seus compromissos com uma figura masculina – coisas que a maioria dos homens não querem ouvir. Aprender a aceitá-lo, e não fugir dele, é como eu quero que esse álbum seja”.