O beatbox sempre foi a paixão do Greg BBX. Mas ao longo da jornada, ele mudou a rota. Manteve em segundo plano a habilidade de reproduzir sons com boca, para mostrar seu talento com a voz. Essa transição se mostrou efetiva. Pouco a pouco, ele foi estruturando sua carreira com músicas autorais e trabalhos ao lado de produtores e artistas de peso, incluindo Papatinho, Dennins DJ, Cabal e Neo Beats.
“Eu comecei no beatbox, mas eu sempre via que não tinham muitos artistas que faziam beatbox e a galera ia pagar ingresso pra ver. Eu queria ser o cara que a galera ia atrás”, diz ele na conversa que tivemos via Zoom. “Então, eu decidi cantar para chegar onde eu queria. Foi aí que eu comecei a buscar meu caminho, primeiramente fazendo cover…. acho que todo mundo que começa a cantar, primeiro faz cover… por isso, comecei a fazer cover e postar uns vídeos no Youtube e tal. Assim, meu canto e minha voz foram evoluindo. Eu comecei a cantar bem na fase da pré-adolescência, com uns 13-12 anos. Então, minha voz ainda era indefinida. Mas isso me ajudou bastante a evoluir. Depois que comecei a fazer cover, eu tive que decidir entre cantar e fazer beatbox. Aí, eu comecei a canetar minhas letras e a ler bastante”.
As canetadas de Greg resultaram numa série de sons que vão fazer parte do seu álbum de estreia, “Sonho”, que pode chegar no segundo semestre de 2021. Um deles é “Some”. O R&B influenciado pela musicalidade dos anos 2000 com elementos de Trap trata de um amor não correspondido. É aquele tipo de relacionamento que só um dos lados corre atrás.
“Isso é engraçado porque ela veio durante a produção do beat com o Donato. Primeiro veio o refrão, depois os versos. Quando eu finalizei ela, eu disse: caramba mano, essa música reflete o que eu tô vivendo agora. Mas não foi uma coisa proposital. Era uma parada que tava na minha cabeça, e virou música, tá ligado!?”
Assim como a produção musical, o videoclipe dirigido por Leo Ferraz também bebe da mesma fonte de um dos momentos mais bombásticos do R&B. Isso pode ser observado na estética da fotografia, roteiro e no figurino uso por Greg. “Nesse clipe a gente já começou usar algumas referências que marcaram minha carreira, que ajudaram a construir o artista que sou hoje. No vídeo, uso uma jaqueta vermelha que é faz referência ao clipe do Cris Brown, ‘Kiss Kiss’, com o T-Pain. Lá também tem um calendário de 2010, que foi o ano de início da minha carreira, e discos de vinil que faz referência ao meu pai, que era DJ.”
Para o disco, Greg BBX pretende seguir essa mesma linha de love song com uma levada mais pop. E apesar do beatbox ser o seu talento primário, dessa vez vai ficar fora do plano. De fato, quer compartilhar seus sentimentos, visões e o caminho que percorreu através das letras que tem escrito.
“É o que eu gosto de cantar, que ;e o que eu gosto de escrever… mas a gente vai continuar nessa estética de sonho, mostrando como foi minha história, pra eu chegar até aqui. Quero que a galera participe disso comigo, por isso vamos colocar vários elementos que fazem parte da minha história. Musicalmente falando, não vai ter trap pesado. Vamos usar vertentes do trap com algumas paradas do R&B e pop, tipo Ty Dolla Syng, que é uma referência muito foda pra mim… e os flows dos caras gringos, como o Lil Baby. Então, a maior referência do trap vai ser o flow nas partes rimadas.