O grime é um dos gêneros em alta entre os jovens das periferias de Londres, na Inglaterra. É tipo o funk no Brasil. Já conquistou o mainstream e tem se espalhado pelo mundo. Por aqui, a sonoridade ganhou sua própria versão, carregada de referências de funk, eskibeat, garage, bassline, drill e trap, mas ainda é pouco conhecida.
Mesmo assim, os MCs cariocas Fleezus e Febem, juntamente com o produtor Cesrv, estão fazendo a roda girar. E apesar de independentes, eles lideram o movimento tupiniquim e já colecionam milhares de visualizações e plays nos serviços de streaming. Essa visibilidade tem aberto algumas portas fora do BR.
Recentemente, o trio [que estão juntos no EP “BRIME”] esteve na capital britânica para fazer “beber diretamente da fonte” e gravar uma cypher com Eyez, Yizzy e Jevon [MC descendente de brasileiros] no Red Bull Music Studios Londres.
“Queremos viajar para fora, porque no Brasil o mercado não é tão grande para a música que fazemos”, diz Cesrv. “O projeto BRIME nasceu como trilha sonora do documentário filmado em Londres “Say Nuttin’”, que mostra a cena underground do skate e da música na cidade, mas ganhou vida própria após o lançamento do videoclipe da música “Raddim”. Fleezus complementa: “O ‘BRIME!’ surgiu em um processo quase orgânico, tendo em vista que o funk e o grime, seus elementos principais, fazem parte da nossa vida”.
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