Os espaços dedicados às mulheres estão se ampliando. É evidente que ainda falta muito para se chegar ao ideal – a aguardada igualdade. Mas elas estão tomando os lugares que as pertencem por direito, inclusive na música. Elas querem, e precisam, ser ouvidas.
Observando a necessidade, o Spotify abraçou a causa. Criou o “Escuta as Minas” e deu início a uma busca por igualdade de gênero, tendo como porta-vozes Elza Soares, Mart’nália, Karol Conká, Maiara & Maraisa, MULAMBA, As Bahias e a Cozinha Mineira, Tiê e Lan Lahn. O projeto evoluiu. As portas da casa foram abertas, e o feminino tomou conta. E isso não é uma metáfora. De fato, o Spotify abriu uma casa de música feita por mulheres e para mulheres.
A “linha de frente” é formada por Lahn Lahn, Mahmundi, Florência Akamine (mixagem e masterização), Bia Paiva (técnica de som), Lilla Stip (engenheira de som) e Allyne Cassini (engenheira de som). Só para citar algumas.
A “Casa de Música Escuta as Minas” está na Zona Oeste de São Paulo e ficará ativa por 6 meses. Durante o período, um “grupo” de 24 artistas com carreira em ascensão será selecionado para criar, produzir e gravar suas músicas no ambiente, que possui um estúdio completo com sala de mixagem. As participantes também terão a oportunidade de fazer parte de workshops, eventos, shows e rodas de debates com Negra Li, Priscilla Alcântara, MC Pocahontas e Maiara & Maraísa.
As primeiras 12 selecionadas são 1LUM3, Ni Munhoz, Barbara Amorim, LUDI, Bibi Caetano, Souto MC, Marujos, Urias, Nina Oliveira, Samantha Machado, The Monic e Luana Marques. As outras 12 vão ser escolhidas através de uma seleção feita após a inscrição no escutaaasminas.byspotify.com. O formulário deve ser enviado até o dia 28 de agosto. A “banca de jurados” será formada pela equipe do Spotify e um time de respeito que já faz a diferença há muito tempo no mundo da música. Os trabalhos iniciam a partir de setembro.
*Foto: Reprodução Instagram Daniela Araújo
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