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“Tudo é pessoal, tudo é político e tudo se vincula a uma perspectiva única”, diz a israelense Noga Erez sobre o álbum KIDS

Na conversa, Noga fala sobre processo de produção musical, videoclipes, morte e do seu recém-lançado álbum KIDS.

Surgiu no e-mail um convite para falar com a Noga Erez sobre o segundo álbum dela, “KIDS”. O tempo corrido me fez postergar a resposta. Dias depois, o pedido foi feito novamente. Dizer não deixou de ser uma opção. Esta era a oportunidade de conhecer um pouco mais da cantora / produtora / rapper de Tel Aviv, Israel, que tem feito ótimos trabalhos e, de certa forma, inovado.

“Essas são músicas sobre o que herdamos das gerações anteriores, como passamos as coisas adiante”, diz. “Como esse jogo de evolução da nossa cultura e da humanidade está muito em nossas mãos. Todos nós éramos uma página em branco em algum momento”.

Diferente do anterior, Off The Radar (2017), este tem menos contundência política, mas não deixa de levantar temas relevan. Noga sabe muito bem usar as palavras. Sua forma de interpretar também é singular, contundente. Arrojada, ela prende sua atenção. Para cada textura rítmica, produzida por Ori Rousso, Erez coloca uma personalidade diferente. Nossa conversa gira em torno de KIDS, processo de produção musical, videoclipes, morte, vida e Brasil, o primeiro país que ela fez uma turnê em 2016 (praticamente no início de carreira), quando foi convidada para apresentações e eventos das Olimpíadas.

 

 

Como Noga Erez explicaria Noga Erez para os brasileiros que não conhecem Noga Erez?

 

Noga Erez é um ser humano que gosta de escrever canções, e às vezes o faz em um nível decente.

 

Desde que Off The Radar conquistou as pessoas ao redor do mundo em 2017, sua voz tem se tornado cada vez mais relevante em temas relacionados à vida pessoal, relacionamento abusivo e política. Você tem um método de composição com um assunto definido ou as músicas surgem depois de experiências próprias e observações do que acontece ao seu redor?

 

Nada na minha composição é metódico. Normalmente, o que acontece é que o tema meio que entra na música. Muito do processo de composição de músicas é improvisado. Então, Rousso, meu parceiro, geralmente cria a batida – bateria, baixo, a atmosfera… um curto universo musical. E então improvisávamos palavras e melodias por cima. Criamos principalmente o refrão, mas algumas palavras que vêm desse processo se encaixam perfeitamente na batida. E eles meio que nos “pedem” para construir em torno deles e ditar o tema da música.

 

Ao mesmo tempo que você faz a mente pensar também faz o corpo dançar. Fala sobre o seu processo de produção.

 

Há muito conhecimento que é útil quando trabalhamos em uma música, mas, eventualmente, Rousso e eu somos músicos muito intuitivos. Procuramos coisas que nos façam sentir algo muito específico, em um nível mais profundo, e ao mesmo tempo que seja legal e divertido de bater cabeça quando ouvirmos. Rousso, é o melhor produtor de batidas do mundo na minha opinião. Ele leva pouquíssimo tempo para criar um pequeno mundo musical no qual possamos mergulhar. Normalmente é quando o trabalho de composição da música começa, e nós escrevemos a música simultaneamente com a produção. As melodias e os fluxos mudam muito a produção. Depois de termos um verso ou refrão, procuramos um elemento sonoro para pintar essa ideia com as cores certas. Pode ser através da linha de baixo, dos sons de sintetizador, como processamos a bateria, etc. Meus vocais são geralmente os mais difíceis de quebrar. Como as músicas são fortemente baseadas na produção, precisamos encontrar aquele ponto ideal para os vocais na mixagem. Isso geralmente acontece quase no final da produção.

 

“A morte é a pior e a melhor parte da vida”.

 

Essa é uma forma de você colocar pra fora sentimentos que estão presos?

 

Absolutamente. Mas de forma indireta. Quando estou em um estado emocional, nunca escrevo sobre isso. É mais como um ponto de vista retrospectivo. Gosto de manter meu trabalho assim. Quando estou profundamente em meus sentimentos, quero sentir esses sentimentos, deixo eles ali quieto. Depois de fazer algum progresso com o processamento, começo a analisar e a liberar através da música.

 

E como você conecta essas temáticas, muitas vezes dolorosas, com os vídeos (que sempre fogem do óbvio)?

 

Minha ideia sobre videoclipes é que eles não podem ser apenas visuais enquanto você ouve uma música. Eles têm que ajudar o ouvinte a tocar em uma camada da música que pode não ser tão clara à primeira vista, torná-la acessível. Procuro ideias simples que podem ser filmadas num local e descritas em uma linha. Essa é uma nova abordagem que adotei em vídeos que tornou meus mais recentes muito mais precisos. Em todos os meus vídeos recentes, trabalhei com Indy Hait, uma diretora que dominou ao máximo a arte de um só lugar, de uma única linha. Desenvolvemos as ideias juntos, e a busca é sempre encontrar o cerne escondido da ideia do ouvido que vai se revelando. Por exemplo VIEWS – uma música sobre viver em um mundo onde se pode fingir seu próprio sucesso comprando visualizações, curtidas, etc. -, o conceito é uma escada sem fim, com pessoas subindo e subindo para um lugar desconhecido. Vai ficando mais e mais intenso, a competição se inicia e eles começam a ficar violentos. Mas por mais que o vídeo tenha um núcleo conceitual forte, ele tinha um aspecto rítmico proeminente, o visual tem que tocar a música e maximizar a experiência do som.

 

 

Na música “End Off Road”, você fala da morte. Mas a sua abordagem não é de medo. Qual sua perspectiva em relação a essa passagem que todos vamos ter? Acredita que tenha a continuidade dessa vida em outra atmosfera?

 

Por exemplo, na manhã em que estou escrevendo esta entrevista, acordei às 5h30 me preocupando com o bem-estar da minha família, sobre o que aconteceria se uma das minhas pessoas mais próximas morresse. E então sobre minha própria morte. Tenho muito medo da morte dos meus entes queridos. Mas o mundo seria muito assustador se fôssemos apenas imortais. Imagine como isso seria diferente. Como tudo pareceria menos significativo. A morte é a pior e a melhor parte da vida. Isso o encurta, você poderia dizer, mas dá um quadro, um limite, que é o significado. Não tenho ideia do que acontece depois que morremos, mas meu melhor palpite é de que seria nada.

 

KIDS é o título do seu álbum, que podemos dizer que faz um contraponto com a morte por se referir aos primeiros anos de vida. É sobre resgatar o seu passado e evoluir?

 

É realmente uma questão de empatia. Um exercício que considero extremamente útil quando tudo o que posso pensar sobre o mundo é que é uma grande porcaria, como posso me relacionar com os motivos das pessoas, mesmo que pareçam tão difíceis de entender. As crianças são a lousa limpa da humanidade. E já fomos isso em algum momento. À medida que gradualmente ganhamos nosso senso de consciência, as experiências pelas quais passamos são incrivelmente dominantes na formação de nossa identidade. Já fomos todos crianças, dependíamos de outros seres humanos para perceber o mundo. Todos nós somos filhos de alguém. Esse conceito ajuda a olhar para o mundo com menos julgamentos. Para mim, pessoalmente, torna a raiva que temos do mundo mais tolerável.

 

O KIDS foi desenvolvido antes da pandemia do coronavírus ou as composições foram feitas durante esse período de isolamento em casa?

 

KIDS foi escrito quase inteiramente antes da pandemia. Estava basicamente terminado. Desde que a pandemia começou, adiamos o lançamento do álbum várias vezes, o que trouxe a música “No News On TV” para o álbum e nos permitiu aprimorar a produção e as mixagens.

 

 

Este álbum é menos político do que o anterior?

 

Na verdade… é assim que parece, porque Off The Radar era tudo sobre raiva, frustração com o mundo. Aqui, a raiva ainda existe, mas é uma jornada para resolvê-la, para a compreensão. Os assuntos pessoais no álbum estão todos ligados a assuntos mundiais. Como tudo, tudo aqui é pessoal, tudo é político e tudo se vincula a uma perspectiva única, bastante sem importância, que tenho sobre este mundo.

 

Os instrumentais continuam com fusões de rap, música eletrônica e pop ou tem outra estrutura que vai impressionar os ouvintes?

É basicamente isso. E um monte de gravações da minha mãe falando inglês com forte sotaque hebraico.

 

Só no KIDS você tem três parcerias com a ROUSSO. Como você escolhe suas parcerias?

 

Rousso é meu parceiro na música, na vida, em tudo. Nós apenas trouxemos seus vocais para este porque algumas melodias estão soando melhor em sua voz. Acho que as colaborações devem ser autênticas, devem surgir da pura paixão de dois ou mais artistas, pela arte um do outro. Hoje em dia, as colaborações são cada vez mais voltadas para a conquista de público. Acho que isso precisa se conectar na música. Eu amo pra caralho cada artista com quem colaborei.

 

Como esse momento que o mundo está passando influenciou sua música? Imagino que você tem sentido falta do contato com o público nos shows.

 

Me deixou muito mais grata por ser capaz de fazer música…. ciente do meu privilégio. Me ajudou a terminar o álbum KIDS em paz, sem que isso acontecesse durante a turnê. Me permitiu entender que nada é certo, nada é óbvio, tudo pode ser tirado em um segundo. Eu acho que é um ótimo estado de espírito para um artista. E um ser humano.

 

Quais são seus planos para quando tudo “voltar ao normal”? Você planeja vir novamente ao Brasil?

 

O Brasil foi onde eu fiz minha primeira turnê (em 2016), por estranho que pareça. Eu me apresentei nos eventos dos Jogos Olímpicos e fiz uma pequena turnê. Eu amei muito o Brasil. Eu amei as pessoas. Realmente, eu me conectei com as pessoas em um nível totalmente diferente. Eu tenho que voltar. Tenho cada vez mais pessoas me esperando, na verdade tenho uma nova fanpage no IG de alguns dias atrás que se chama ‘Noga Erez Brasil’. Estou pronta para me divertir.

 

 

*Foto capa: Dudi Hasson

 

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