A caneta do Black Alien sempre está calibrada. Dificilmente suas letras decepcionam. Pelo contrário, inspiram. Tornam-se frases de status de redes sociais, porque geralmente refletem sua vivência. É por isso que geral se identifica com as ideias que são compartilhadas. Com o single “Chuck Berry” não é diferente.
“Uma terapia avançada. Sou eu, remoendo meu lixo, limpando meu jardim interno e andando para frente”, diz ele. “O tempo passa, meu corpo vai, mas minhas ideias ficam. As visões estão cada vez mais claras em relação ao que está dentro de mim e muito mais em relação ao que está fora”, revela Black. “Desta vez não é o cretino. É um outro Gustavo, pois sou vários dele”.
A música é mais um resultado da parceria Black Alien – Papatinho. Nas linhas, o MC exalta as mulheres e dá os devidos créditos aos gênios Chuck Berry e Little Richard, os verdadeiros reis/pais do rock, que por serem pretos não foram tão valorizados quanto Elvis Presley.
“Não dá pra Deus não ser uma mulher, ainda mais neste momento. Deus é mãe mesmo e homem não vale porra nenhuma”, observa. “Sobre Elvis, eu até gosto dele, mas o protagonismo deve ser dado aos verdadeiros inventores do rock: os pretos”.
É por esse motivo que no videoclipe roteirizado pelo próprio Gustavo, dirigido por Premier King e estrelado por Débora Barboza, ele sai no rolê com “sua banda de rock” formada por Amiri, Funk Buia e Jota Ghetto.