Não precisa ser um especialista para saber que o mundo está passando por algumas crises. E elas não se limitam a saúde e economia por consequência da CONVID-19 (coronavírus). Há também uma crise de afeto. Por isso, Biorki convidou o Kivitz para que pudessem compartilhar esperança e amor. Juntos, fizeram “Céu”.
“Eu queria fazer uma parada esperançosa, apesar de saber que a linha de escrita dele é um pouco mais ácida”, diz. “O objetivo era fazer um som em que a ideia central fosse: o céu tem resposta para qualquer dilema. É claro que cada autor trouxe seu ponto de vista… os dilemas… Mas o foco era este: o céu tem resposta pra qualquer coisa… olhar pro céu e ver que ele está aberto pra nós já é motivo pra gente ficar feliz”.
Os dois MCs ressaltam nas linhas que o céu está aberto para qualquer tipo de petição. Não existe imposição de regras religiosas. Essa visão é enfatizada no videoclipe assinado por Erick Garcia. O direcionamento inclusivo do filme pode não agradar a ala dos cristãos mais conservadores. O plano também não é esse.
“A questão da identidade sexual ainda é um tema tabu para a fé cristã. Então, decidimos fazer um vídeo baseado nisso. No roteiro tem um homem em crise com sua identidade sexual, sua mãe, uma mulher de fé também em crise por ver o filho naquela situação, e um pastor, pregador de rua, que também enfrenta um dilema de ter que usar sua crença para dialogar com aquela pessoa que está tentando se entender”, observa Biorki. “Na verdade, o clipe aborda 3 crises. A ideia é gerar um diálogo, sem apontar uma saída ou uma resposta que a gente até nem tenha… mas na ausência de respostas a gente sempre tem a opção do diálogo. O que a gente fez foi propor uma reflexão”.
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