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Azuruhu, um selo dedicado a impulsionar artistas indígenas na música, literatura e audiovisual

O objetivo é fazer com que todos voem juntos e cantem alto, assim como o grande papagaio que nomeia a iniciativa encabeçada por Kaê Guajajara.

Protagonismo e autonomia. Ambos os substantivos definem o conceito do selo Azuruhu, criado por artistas indígenas para dar suporte aos seus pares na música, literatura e audiovisual. O objetivo é fazer com que todos voem juntos e cantem alto, assim como faz o grande papagaio que nomeia a iniciativa encabeçada pela cantora/rapper Kaê Guajajara.

“É totalmente dedicado à visibilidade da música indígena contemporânea em diversos estilos e a fomentar a união de indígenas na arte em prol da conscientização da sociedade sobre diversas questões que nos envolvem e são mais que urgentes de serem entendidas e discutidas em todos os espaços”, diz ela. “Ele é desenvolvido por músicos indígenas, que tem sua arte como flechas contra narrativas coloniais. Nos unimos, pois sabemos que na coletividade está a maior força, onde conseguimos alcançar cada vez mais novos espaços”.

A falta de oportunidades, espaço, visibilidade e o preconceito nas grandes labels foi um dos principais motivos para essa construção coletiva e o desenvolvimento de um ambiente de trabalho artístico coletivo e diverso em que todos estejam à vontade e tenham a mesma energia.

 

 

“Também há um grande estigma da tutela, onde nos veem incapazes de direcionar nosso trabalho, arte e propósitos e agem no sentido de “ajudar”, porém acabam por tomar a frente de nosso próprio trabalho, nomeando nossa arte, direcionando para onde julgam ser o melhor. Nós somos plenamente capazes de avaliar que direção melhor seguir, se não fosse essa consciência não estaríamos hoje aqui resistindo”.

Para liderar essa resistência, Kaê se juntou à Brisa Flow, Ian Wapichana, Kandu Puri e Mirindju. Ela é de Mirinzal, na Baixada Maranhense, foi criada no Complexo da Maré. O seu mais recente single é “Por Dentro da Terra”, um questionamento sobre o racismo sofrido pelos povos originários. A música faz parte do primeiro álbum visual dela (previsto para julho de 2021), “Kwarahy Tazyr”, que na língua zeeg’ete, do povo Guajajara, significa Filha do Sol. “Procuro mostrar que existe um plano de apagamento que está em constante evolução, que tenta inviabilizar políticas públicas em todo o Brasil e não apenas em áreas demarcadas”, explica.

Outro integrante do casting que está com um trabalho inédito na rua é o rapper Kandu. Também do Rio de Janeiro, ele soltou o EP “Krim” com músicas em Kwaytikindo, idioma Puri, e em português. As rimas de protesto narram um presente de fúria e o passado de glória do seu povo. “Escuto RAP e funk desde pequeno e isso foi marcante ao longo da vida”, revela o rapper. “O RAP chega como informação, protesto, luta, influência poética e política. Isso fez com que me expressasse através do RAP, para mostrar a realidade de indígenas no contexto urbano, em favelas, nas periferias das cidades”.

 

 

Kandu faz parte dos 40% de indígenas do BR que vivem em contexto urbano. Ao longo dos seus 25 anos, já viveu em diferentes lugares da Zona Norte do Rio, mas o contato com a poesia marginal, poesia de rua, slam, rap e rodas culturais aconteceu quando foi morar no Morro da Providência e Complexo da Maré. Em “Krim”, que na língua Puri significa sangue, o MC fala das dores do seu povo para compartilhar sua visão e conscientizar as pessoas que não acompanham sua realidade de perto.

Apesar de não fazer parte da cultura tradicional dos indígenas, o rap se tornou um meio para fazer ecoar a voz deles em meios que não conseguiriam chegar usando outros métodos. É uma forma acessível e didática para denunciar violências, racismo, perseguição e apagamentos sofridos ao longo da história. E usar uma música urbana periférica, que tem conseguido ascender comercialmente, tem ajudado na transmissão da mensagem de minorias nesse período nebuloso da política brasileira.

Os sons de Kaê Guajajara, Kandu Puri e de todos que fazem parte da Azuruhu se unem a outros nomes que estão fazendo suas ideias chegarem aos ouvidos através das rimas: Souto MC, Brô MCs, Kunumí MC, Katú. “Denunciar em forma de arte, vivências da margem da sociedade tão apagada pela história do Brasil. Um grande passo para que cada vez mais indígenas consigam alcançar sua autonomia e auto estima”.

 

Indicamos também: As crônicas de MV Bill sobre o cotidiano caótico de um país desestabilizado. Leia AQUI.

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