Para finalizar a trilogia que começou em 2017 com “Wash & Set”, seguido de “Acrylic” (2018), Leikeli47 trouxe ao mundo “Shape Up”. De acordo com a própria, esse álbum é uma declaração de amor próprio individual e amor negro geral, resultado da desaceleção que precisou dar para se concentrar no seu crescimento pessoal, na saúde e no refinamento de uma composição mental positiva.
“Esse parece ser meu primeiro álbum. É a sensação mais louca, porque sinto que esta é a minha primeira vez e ninguém me conhece”, diz ela. “Estou finalmente prestes a embarcar numa jornada em que estou mergulhando em meus fãs e eles estão mergulhando em mim”.
Depois de Acrylic, a MC “mascarada”não conseguiu entender a qual grupo pertencia, seja na sua comunidade ou na indústria da música. A autorreflexão foi difícil, e fazer isso a cansou. Porém, ela emergiu dessa hibernação com uma alegria recém-descoberta que ecoa em cada um dos 14 sons produzidos por Harold Lilly .
“Quando você está passando por isso, você não tem a mentalidade de apenas olhar para cima e simplesmente apreciar. Demorei um pouco para perceber isso, mas o anterior foi minha celebração da luta, mas só sei disso agora”, explica. “Shape Up é o momento decisivo em que tudo fez sentido. Olhei para as coisas que não me dobravam e apenas disse: ‘Estou aqui’.”
Repleto de variações, com momentos efusivos e outros mais leves, essa é uma celebração da jornada e da potência dela. Leikeli47 está madura. Por isso, consegue equilibrar a técnica com sua paixão. Nas palavras dela, é a melhor versão de si mesma: “sou eu finalmente tendo a confiança que sempre fingi ter. Representa a manifestação e a execução da formação mental, física e espiritual”.
Foto: Louis “Panch” Perez