Antes de ser uma modalidade olímpica, o break é um dos elementos do Hip Hop. Popular nas ruas, o estilo de dança (que se conecta com várias outras) tem ganhado cada vez mais notoriedade nos grandes meios de comunicação por conta da sua inclusão nas Olimpíadas.
Não por acaso, a primeira competição transmitida em TV aberta no Brasil (durante o Esporte Espetacular da TV Globo) só aconteceu no último final de semana [dias 19 e 20/02].
Servindo de pré-aquecimento para os jogos em 2024, na França, o Breaking do Verão reuniu no Parque Madureira, no Rio de Janeiro, b-boys e b-girls de diferentes partes do mundo. Ao todo foram trinta e dois atletas, que participaram de disputas eliminatórias e oito oitavas de final ao som dos DJs MF, de São Paulo, e Def, do Rio de Janeiro.
No sábado, além das disputas, o público pôde acompanhar um workshop com o b-boy estadunidense Ronnie (ícone mundial e detentor dos principais títulos), um bate-papo com o dançarino, coordenador do CJ Hip Hop e articulador social b-boy Max, e uma oficina de Locking com JP Black Soul, professor de dança no Complexo do Alemão e fundador do Funkeados (primeiro grupo Funkstyle do Rio de Janeiro).
No corpo de jurados estavam o próprio Ronnie, FabGirl, criadora da primeira crew só de mulheres do Distrito Federal, b-boy Pedrin Brum, referência na cena urbana carioca, e o b-boy Andrezinho, que fez parte da lendária Back Spin Crew.
As semifinais dos b-boys foram entre o francês Lagaet e Sunni, Leony e o carioca Kapu. As das b-girls ficaram entre a colombiana Luma e a belga Madmax, Toquinha, e Jilou. Nas batalhas finais o b-boy paraense Leony foi o vencedor da final masculina, disputada com o b-boy da Inglaterra Sunni. Entre as b-girls, a alemã Jilou levou a melhor contra Luma.
*Foto: Fernando Souza