Depois do bem sucedido Texas Sun, o trio Khruangbin e o cantor Leon Bridges se juntam novamente para darem sequência à parceria deles com o EP Texas Moon, já programado para 18 de fevereiro de 2022. “Sem alegria, não pode haver uma perspectiva real da tristeza”, diz a Khruangbin. “Sem a luz do sol, toda essa chuva impede que as coisas cresçam. Como você pode ter o sol sem a lua?”
A extensão dessa jornada é iniciada com “B-Side”, que vem acompanhado de um videoclipe ao estilo faroeste filmado na J. Lorraine Ghost Town e dirigido por Philip Andelman. Uma das 5 músicas que compõe o projeto, ela segue a proposta de examinar a percepção musical do Texas (terra natal de todos os envolvidos), enquanto faz uma homenagem ao casamento do country e do R&B, uma fusão que se tornou sinônimo desse estado norte-americano.
Isso fica evidente no groove cadenciado por licks de guitarra, conga e bongo, tendo o complemento de baixo e bateria. Ao mesmo tempo que traz um drama, também sensualiza – pela forma que Leon interpreta. Esse escopo musical íntimo faz parte de toda a estrutura do disco.
“Acho que estamos redefinindo como as pessoas percebem a música do Texas”, afirma Bridges, que é complementado pelo baterista Donald “DJ” Johnson Jr.: “É um álbum muito sombrio e profundo. E quando alguém coloca esse tipo de trabalho em suas mãos, a última coisa que você quer é desperdiçá-lo, superproduzi-lo ou fazer muito. Nós o tratamos com o respeito que ele merecia”.
Antes de se juntarem na primeira colaboração, Bridges, Laura Lee, Mark Speer e Johnson Jr. não se conheciam pessoalmente. Foi após uma turnê que o plano ganhou força. As demos feitas em voz e violão evoluiu e se tornou a base de Texas Sun, que despretencialmente chegou ao topo da ‘Emerging Artists Chart” da Billboard, ao mesmo tempo que alcançou o 1º lugar em “American/Folk Albums”, 2º em “Vinyl Albums”, 4º em “Top Rock Albums” e 6º em “Top R&B Albums”. Essa escalada beneficiou ambas as partes.
“Há muitos aspectos da minha composição que são um pouco heterodoxos. Eu não gosto de perseguir fórmulas, e há muitos momentos neste EP em que não há aquele grande momento de refrão vocal, ou talvez nem seja mesmo um refrão. Normalmente, o produtor pode dizer:‘Isso é ótimo, mas que tal fazermos de outra maneira?’ Com eles, eu tinha a liberdade de fazer o que eu fiz”.
*foto: Pooneh Ghana
