Obrigado por f**** comigo (Thank You 4 Fuckin ‘With Me). Esse é o título resiliente do LP de estreia do ALLBLACK. Para não correr o risco de ser “censurado”, ele decidiu usar a sigla TY4FWM. Ainda pouco conhecido no Brasil, o rapper de Oakland, na Califórnia, batizado D’Andre Sams, já tem uma caminhada de mais de 10 anos com vários projetos elogiados pela crítica e consumido fervorosamente pelo público. O resultado do trabalho tem gerado vários frutos, que inclui um certificado de ouro pelo single “West Coast”, feito na companhia de G-Eazy e Blueface.
Agora, TY4FWM se tornou a festa de debutante dos artistas da Bay Area. E para celebrá-la (em 40 minutos e 2 segundos), ALLBLACK chamou Vince Staples, Drakeo the Ruler, Mozzy, G-Eazy, E-40, Sada Baby, Kenny Beats, DTB, Cole MGN, ShMartin e Cal-A. No melhor estilo da Costa Oeste estadunidense, muito influenciada pelo g-funk e regado a gangsta rap, o MC agradece todos aqueles que reservam um tempo para ouvir seu som, por sua cidade e pelo que o rap lhe proporcionou na última década.
Profundamente enraizado na sua comunidade, ALLBLACK faz música e dá suporte ao lugar onde nasceu. Em meio a um trabalho cívico de longa data e iniciativas comunitárias, ele pretende deixar Oakland orgulhosa. “Existem pessoas ao meu redor que se levantam todos os dias e trabalham duro sem economizar”, diz. “Por causa deles, sinto que tenho que vencer – temos que vencer todos os dias”.
Quando criança, ALLBLACK olhou além de suas circunstâncias para encontrar o positivo, onde tudo era negativo. Crescendo em East Oakland’s Murder Dubbs, foi exposto a muitas armadilhas da pobreza e da violência, mas sua família e vizinhos sempre tiveram uma maneira de fazer parecer que tudo sempre ficaria bem. Para retribuir, fez uma parceria com a PBO (veja aqui) para fornecer sapatos novos e comida para as populações vulneráveis durante o COVID.
Nesse processo, BLACK aproveitou seus amigos e atletas para tomar a iniciativa e compartilhar responsabilidades cívicas, desde alimentar seu bairro com um caminhão de taco até usar o próprio dinheiro para caridade. Esse é um lembrete gritante de que as ações falam mais alto que palavras.
Foto: Gino Vinatieri