O período de isolamento tem sido bom e ao mesmo tempo ruim para o MC Igu. O lado positivo é que ele tem tido tempo para fazer suas músicas. Não poder estar na rua com os parceiros e seu público é o ponto negativo de ser “obrigado” a ficar em casa.
“Como tenho estúdio em casa, tá dando pra gravar várias músicas. É ruim porquê não tá dando pra sair pra ter novas experiências, trocar ideias”, diz.
Somente nos últimos meses, Igor kuwahara soltou o álbum “Aurélio”, 2 volumes do EP “A Hora do Rush”, em parceria com Jé Santiago, o single “MLKs de SP“, junto com a sua banca Recayd Mob, e fez diversas parcerias, inclusive nos discos do Derek e Yunk Vino. Agora, o MC vem com “212” (ouça AQUI) – referência ao famoso perfume. A intenção dele é trazer a vivência do funk para o trap, porém isso não fica tão evidente nas batidas retraídas de Wey e Nagalli. Por outro lado, a letra e o vídeo podem refletir as ideias que ele pretende entregar.
“O clipe foi dirigido pelo meu mano Rich V Freak, tá ligado!? Tem a estética de rolê, nós no carro, bebendo no posto de gasolina e os caras dançando”.
Japonês de nascença, tendo vindo para o Brasil aos 10 anos, MC Igu tem respostas breves. É retraído. Diz o que precisa através do que escreve, sem muito esforço, quase como um freestyle. “Na real, mano, nóis geralmente grava a música dependendo da vibe, dependendo do mood que a gente acorda. Não tem tipo uma regra pra fazer o bagulho, entendeu!? Você vai pro estúdio, o beat inspira e a letra sai naturalmente. Não chegamos com um tema pré-definido”.
Apesar da carga de trabalho, somada às cobranças, o trapper já tem outros singles no esquema que pretende ir soltando aos poucos. Paralelo aos projetos pessoais tem também os da Recayd. Ainda para 2020, o coletivo planeja soltar um disco de inéditas com produções assinadas pelo Lucas Spike.”Já tem muita coisa pronta, mas ainda tem muitas músicas pra gente finalizar”.