Se você somar g-funk + disco + house + soul o resultado será “Dream in Color“. Com o LP, os londrinos da Franc Moody mantém o groove em alta. Impossível não se empolgar. É frenético. “Esses são os melhores recortes que saíram de nossas sessões no estúdio em Londres, no ano passado”, dizem. “É uma coleção de músicas que nos dá orgulho, ter feito um trabalho com inspiração em todas as experiências e personagens que conhecemos”.
Centrada na amizade de Ned e Jon, a Moody ganhou destaque por suas performances sobre o senso de comunidade e caos. Em determinado momento os integrantes revezam os instrumentos e fazem solos enquanto estão nos ombros um do outro. Viraram os queridinhos do underground. Mas não só pela forma de se apresentarem. O ponto focal é a forma que temperam a musicalidade. Sempre apimentada, seja no instrumental ou na lírica.
“Dream in Colour” também explora a maneira pela qual a vida moderna oscila constantemente entre as realidades online e offline; do mundo em que navegamos dentro de nossos telefones até o que exploramos todos os dias com nossos sentidos. O que separa nossa experiência emocional de coisas como amizade, amor e senso de comunidade on-line daquelas que experimentamos na vida real?”
A resposta de Ned é “às vezes”.“Essa experiência de alternar entre esses dois mundos pode parecer como mudar dO preto e branco para cores. Queríamos explorar esse fenômeno nesse disco.Esperamos que ele induza os ouvintes a sonhar um sonho colorido. Longe do mundo bombardeado por informações em que vivemos hoje”.
“Skin on Skin” (vídeo acima) dá uma boa visão sobre o excepcional trabalho da Franc Moody. Mas vai um aviso: depois que você aperta o play é um caminho sem volta.
“Acho que Skin on Skin pode sugerir algo pop ou romântico para um visual, então queríamos ir na direção oposta, fazendo algo meio violento”, observa o diretor Jak Payne, responsável pelo videoclipe da música. “Eu acho que funciona porque linhas como “toe to toe” ou “skin on skin” podem ser interpretadas de maneira diferente quando você assiste e algo que cria um pouco de confusão e, esperançosamente, torna interessante”.
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