A quantidade de bits de música despejados todas as semanas nos streamings é gigantesca. As indicações dos algoritmos ajudam na pesquisa, mas é sempre necessário ficar com o radar ligado para captar a chegada de trabalhos que vão ganhar destaque na sua biblioteca musical.
Nas últimas semanas, geral ficou na ansiedade para apertar o play dos álbuns “Abaixo de Zero: Hello Hell”, do Black Alien; “Ventura”, de Anderson .Paak; LSD, projeto experimental de Sia, Diplo e Labirinth; e “Cosmic Wind”, segundo disco da dupla LION BABE, . Esses 4 discos têm seus diferenciais e singularidades. E são apenas alguns de um turbilhão que precisam de um tempo para serem digeridos.
Black Alien – Abaixo de Zero: Hello Hell
Assim como Anderson .Paak, não dá para ficar surpreso com Black Alien. “Abaixo de Zero: Helo Hell” já nasce clássico. Alien é um cronista da vida real, que facilmente compartilha suas vivências. É como se ele tivesse conversando sobre a vida com os amigos. Nas ideias, o Mr. Niterói coloca na roda suas boas e más experiências. Mostra os contrapontos das escolhas que fez e de como superou as adversidades. “Não tem como funcionar, vai sempre dar ruim / Pra você Bocas mexem “blá blá blá”, e eu só faço o que tem que fazer / Não tô nem aí, nem lá, tô bem aqui, além do que se vê”, canta em “Que Nem o Meu Cachorro”. Mas a vida não é só treta. Po isso, Black Alien não deixa de falar de romance, sexo, curtição. É completo.
Anderson .Paak – Ventura
Chega a ser clichê dizer que o Anderson .Paak fez um projeto surpreendente. Não que ele tenha inventado a roda. Feito algo completamente diferente. Mas a cada disco, ele mostra que tem muitos predicados. E isso faz toda a diferença. Com “Ventura”, Paak te leva para um passeio pelas sonoridades que mais o influenciam. Na trip pelo gospel, soul e funk, o multifacetado artista leva no banco do carona personas representativas, que foram, de alguma forma, influenciadores: Andre 300, Smokey Robinson e Nate Dogg. “Ventura” é leve, descontraído, romântico e “não menos político”.
Labirinth, Sia e Diplo – LSD
Viciante. A adjetivação define a união de Labirinth, Sia e Diplo. De propósito, o título faz alusão ao entorpecente muito conhecido por fazer geral viajar. E essa é a proposta do trio. Seguindo uma linha futurística, os três “colorem” cada uma das 10 músicas com muitos efeitos eletrônicos e sintetizadores.
LION BABE – Cosmic Wind
Pouco conhecido no Brasil, o LION BABE – formado pela cantora Jillian Hervey e o produtor Lucas Goodman – está na ativa desde 2014. Muito elogiado, “Cosmic Wind” é o segundo disco do duo e tem a participação de Raekwon, Leikeli47 e Bilal. Para fugir do tradicional, eles fizeram um projeto de 15 tracks, todas repletas do mais puro e envolvente R&B, que por vezes conversa com o rap. A suave voz da Jillian acalenta os ouvidos e acalma a mente.
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