O Raury era uma das apostas do Rap. Estourou em 2015. Já contratado pela Columbia Records, o MC foi um dos Freshman da XXL Magazine. Debutou com o LP “All We Need”. Na ocasião, a sensacional “Devil Whisper” se transformou em hit. Aí, de repente, Raury desapareceu. Por várias vezes o talento dele virou tema de alguns “debates”. Até cogitou-se que o rapper era um mero produto da indústria.

Na sua primeira aparição em fevereiro, de 2018, com o single “Odissey”, Raury decidiu quebrar o silêncio. Disse ser um “trabalhador da luz em uma indústria tão escura”.

“Eu não sei como todos os meus ídolos se transformaram em outra coisa, mas eu não posso desistir e jogar “o jogo”. Eu prefiro me arrancar desse labirinto de ego, manipulação e ganância”, escreveu. “Confio em meus fãs e sei que pela música que lhes dou posso sobreviver. […] Até então eu prometo a você que eu nunca vou parar de fazer música […] Eu protegerei minha visão, entregarei estas mensagens e não serei parado. Estarei me divertindo na floresta, dando música de graça e liderando uma carreira que realmente ajude as pessoas. Não mais com (a agência de gerenciamento de carreiras) LVRN, não mais com Columbia. Eu agora embarco em uma jornada alinhada com meu propósito artístico.”

Cumprindo a promessa, o artista de Atlanta colocou no Soundcloud um álbum/playlist com 22 canções – todas disponibilizadas para download. Raury se mantém fiel a sonoridade que o consagrou. O violão é o ponto focal de cada uma das músicas. O disco é bem experimental. Corinne Bailey Rae e Adia estão presentes no projeto de libertação e “redenção” do Raury.

“A indústria joga muitos jogos. Vou apenas voar, seguir meu coração e fazer do meu jeito. Sejam bem-vindos ao bosque.”

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