Ufa. A espera acabou. Drik Barbosa finalmente fez sua estreia com o EP “Espelho”. Não há surpresas. Todos sabem do talento que Drik tem para fazer rimas e interpretar suas canções. Nas 5 músicas de “Espelho”, ela discorre sobre sua trajetória de vida, canta uma balada romântica, critica os machistas e celebra a vida. POW! Juntando perfeitamente as afiadas letras de rap com a doce “levada” do r&b, Drik Barbosa entrega um projeto leve. Suave. Stéfanie e Rincon Sapiência marcam presença.
O polêmico álbum gospel do polêmico Snoop Dogg também estava sendo muito aguardo. Principalmente dentro do círculo religioso, houve questionamentos se Snoop não estava extrapolando com a ideia de cantar música de igreja. Não se sabia qual era a intenção dele (da mesma forma aconteceu quando ele imergiu na cultura Rastafari). Mas como sempre, Dogg surpreendeu. Em 32 faixa, ele reuniu os mais talentosos e icônicos artistas de música gospel, dentre os quais: John P. Kee, Faith Evans, Kim Burrell, Mali Music, The Clark Sisters, Soopafly, Fred Hammond, Daz Dillinger, Patti LaBelle. De fato, o rapper mergulhou nas águas tranquilas da original gospel music (completamente diferente da que é feita no Brasil).
Quase brasileiro, Sango colocou na pista o álbum “In The Confort Of”. Diferente dos últimos, que ele deu preferência a produções feitas em cima de bases de funk, o produtor retornou às “origens”. Com produções densas, voltadas ao dirthy south, Sango apresenta um disco envolvente. Das 17 faixas, os instrumentais são maioria (alguns com certas doses de funk). E nas que são cantadas ele convidou artistas incríveis, selecionados a dedo. Tem Jesse Boykins III, JMSN, Xavier Omar. Impactante.