A morte do jazz foi decretada muitas vezes. Ele passou por mutações. Criou-se uma variedades de sub-gêneros para se adaptar às mudanças na sociedade. As reinvenções o mantiveram vivo. O jazz chegou a respirar com a ajuda de aparelhos. Perdeu espaço para gêneros que nasceram sob a sua influência. Passou um período na UTI. Mas se recuperou e conquistou outras platéias.
A grande procura por bons materiais relacionados ao jazz fez o legendário Quincy Jones e Reza Ackbaraly [empresário de jazz e produtor de televisão francesa] colocarem suas ideias em prática: criar a Qwest TV. A plataforma de vídeo sob demanda (SVOD), semelhante a Netflix, pretende compartilhar imagens e som de alta qualidade, acesso móvel, conteúdo curado e recomendações personalizadas sobre a arte do jazz.
“Na Qwest TV, procuramos um horizonte onde o jazz, agora entrando em seu segundo século, nunca deixa de evoluir”, diz a apresentação da Qwest. “De Billie Holiday a Esperanza Spalding, de Sun Ra para Kamasi Washington, de Bill Evans para Flying Lotus até Ravi Shankar, as tradições da Santería cubana e a voz magnética da cantora angolana Bonga, a Qwest TV refletirá uma música viva que nunca esteve tão viva.
O propósito da Qwest TV é ser um baú que guarda o tesouro da tradição do jazz e também um trampolim para novos talentos. O serviço terá uma programação eclética de todo o mundo com shows escolhidos a dedo, entrevistas, documentários e produções originais e exclusivas, tudo em HD ou 4K.
Nos vídeos de apresentação da série Qwestion, o brasileiro Ed Motta responde qual é a música que ele mais curte. Ed fala sobre “Luiza”, de Tom Jobim. Marcus Miller, Gregory Porter, Seun Kuti e Nate Smith também respondem as questões. A previsão é que a Qwest comece os trabalhos em 6 de setembro de 2017.