Tudo pode falhar, menos os 5 vídeos mais QUENTES da música rap e suas vertentes. Esta seção tem a presença da Abronca, dreCoy, Projota, rodigo Zin e Gabriellê.
Abronca – Pelos Meus Ancestrais
O Abronca continua batendo de frente com o sistema. Dessa vez, My e Jay se juntam à Késia Estácio para questionar o tratamento que o povo preto tem recebido há séculos. Em “Pelos Meus Ancestrais”, elas descarregam a revolta contra um sistema opressor e racista.
“É o resultado da dor de toda uma vida, somada à perplexidade diante de acontecimentos que revoltaram o mundo, mas que não são novidade para quem vem, há centenas de anos, sofrendo com o racismo”, dizem. “Esse som é um grito pra dizer que não vamos mais ficar calados diante de toda violência, que não vamos mas aceitar que sangue preto seja derramado injustamente.
O videoclipe todo em preto e branco possui colagens de imagens clássicas de protestos históricos. A concepção artística de Ana Paula Paulino e direção do Taylan Mutaf.
dreCoy – Forca de Luxo
Depois de um tempo parado, o dreCoy está retornando aos poucos. O visual pisicodélico de“Forca de Luxo”, feita em parceria com Kustor e Stefanccino, é mais uma ação desse seu retorno ao rap.
“Fiquei parado por um tempo, compondo e escolhendo por onde recomeçar”, diz. “Selecionei a dedo algumas músicas que mostram o meu perfil e a o que quero transmitir para o público. “Forca de Luxo é uma crítica sobre dinheiro e poder. É a que mais representa e solidifica essa minha transição musical. Ela brinca com a voz mais cantada, mais gutural, e tem uma letra muito importante”.
Projota – Inabalável
O Projota surpreendeu e também tem emocionado os espectadores ao contar sua história de vida, como a morte da mãe quando ele e o irmão ainda eram pequenos, no vídeo de “Inabalável”, roteirizado e interpretado pelo próprio rapper e dirigido por Gabi Brites e Giorgia Prates.
A música homenageia Enésimo, o pai do Projota, um operário negro que conheceu sua esposa, casou, teve dois filhos e estava construindo a vida familiar quando perdeu a esposa. O filme mostra como ele sobreviveu a perda e transpôs os obstáculos da vida, a exemplo da história de tantos homens negros e pobres do país.
“Apesar de ter visitado diversas vezes o assunto da superação, nunca fiz algo tão forte sobre meu pai”, observa. “Ele é meu grande exemplo de trabalho e vitória”.
Rodirgo Zin – Feitos de Água
O Rodrigo Zin está comemorando 1 ano de “Grana Azul”, um dos 19 discos quentes do RAPresentando de 2019. A celebração veio em forma de vídeo. A música escolhida foi “Feitos de Água”, que teve a produção feita em parceria da Hollywood Film Academy. Toda a captação foi realizada em estúdio pelo professor/diretos Nyck Maftum, pela professora Thamires Trindade, Daninboy e alunos da academia.
As ideias apresentam um mundo apocalíptico. “O céu está vermelho, a água é quase inexistente e a cidade está devastada por um clima de melancolia e solidão, onde podemos avistar o personagem Imortal (Rodrigo Zin) caminhando pela cidade de Curitiba, quando avista a Vida (Giovana Martuci) do outro lado de uma rua movimentada”, descreve. “Ao atravessar a rua, o Imortal é atropelado por um ônibus e quem está assistindo o seu acidente, é a própria Morte (Patricia Ressurreição). Tudo ocorre durante uma chuva ácida que deixa o clima ainda mais fantástico e sombrio”.
Gabriellê – Oxitocina
O hormônio da felicidade e do prazer, oxitocína, intitula o terceiro trabalho autoral da Gabriellê. A inspiração, segundo a cantora, veio de reflexões sobre os vários bloqueios emocionais. E ela compartilha seus pensamentos acompanhada de um neosoul bem arranjado.
“Ao ansiar falar de desejo e afeto de uma forma menos superficial, traduziu em “Pra durar, deixar fluir, deixa rolar… Tire essa armadura e venha cá”, diz ela. “A ideia foi convidar a todes a mergulharem em seus desejos”.
Para compor o seu visual , que reflete muito bem a mensagem transmitida pela música, Gabriellê convidou Gabriela Leopoldino e Michelle Rainer. Ele foi registrado na própria casa da artista, em Americanópolis, zona Sul de São Paulo, tanto devido ao isolamento social, quanto pela questão de recursos financeiros. A produção de arte é da Mayara Durães. A JS Filme assina a fotografia.
“Ele representa para mim o quanto eu desejo colocar minha arte no mundo, mesmo com todas as dificuldades de se produzir de forma independente”.