Chegou mais uma seleção de videoclipes que não podem passar despercebidos. Dessa vez, reunimos Caio Nunez em parceria com a Tássia Reis, Lumière, Tasha e Tracie, Duquesa & Bface.
Caio Nunez e Tássia Reis – Só que Não
O carnaval foi cancelado, mas ele permanece vivo no subconsciente das pessoas. É nesse clima que Caio Nunez se encontra com Tássia Reis para falar sobre um relacionamento abalado na QUENTE “Só Que Não”. “Eu sou fofoqueiro, escrevo sobre a vida dos outros, gosto de me inspirar em casais de amigos, mas dessa vez me abri mais e parti pra esse lance autobiográfico mesmo. Tudo que está ali, descrito em cada um dos versos, eu vivi. Ipsi literis foi o que rolou”, diz ele.
A atraente junção de rap com um R&B calçado na brasilidade faz a camada perfeita para que os dois criem suas linhas. “Penso que o som traz uma atmosfera leve e que, apesar de abordar um relacionamento, faz isso de uma maneira tranquila e divertida. Amei colaborar nesse projeto”, afirma Tássia. O vídeo com direção assinada por Edvaldu Neto reflete muito bem a mensagem que eles compartilham
Lumière – Existe Algo Mais
Para abrir os caminhos do EP “Pega a Visão”, a Lumière (Moah Buffalo e Isaac Zion) soltou o videoclipe de “Existe Algo Mais”, captado no Hocus Pocus São José dos Campos com roteiro de Philip Shorey e Tiago V. Veloso, cinegrafia, edição e finalização de Tiago V. Veloso e participação dos atores Pablo Hanzo e Gabiru.
A música aborda o poder de manipulação das redes sociais e dos grandes meios de comunicação. Isso também reflete no filme. “Talvez a ferramenta que a gente mais gastou tempo durante a pandemia foi o celular, as mídias sociais e o entretenimento através das telas”, observa Moah. “Foi uma maneira de nos entretermos e de nos aproximar das pessoas, mas também nos prendeu. Precisamos acordar, a gente não pode deixar isso se tornar uma corrente nos nossos braços. A gente não pode ser escravizado. Essa música fala sobre liberdade, sobre a gente acordar e perceber o que tá acontecendo e questionar”.
Tasha e Tracie – Salve
Brincar é algo que a Tasha e Tracie não fazem em serviço. Com “Salve” essa regra se mantém intacta. Ao melhore estilo rua, elas dão o papo. Para o filme da Unegreen e Expensive Shit, elas mais uma vez imergem pelo lifestyle de quebrada. O Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro, e o Jd. Pery, em São Paulo, foram os ambientes escolhidos para a captação das imagens, que tem a presença da Afrolai, Stephani Maurício, JTK, JXNV$, Nathalia Victoria e Priscila Apropriadamente. Mais um som que vai bater forte nos bailes.
Duquesa – High
A cada som, a Duquesa mostra todo o seu potencial. “HIGH” abre as portas para novas possibilidades que a cantora baiana pretende experimentar, pois não de ficar presa a apenas uma coisa. “Por isso eu estou tentando coisas novas. Eu tentei e acho que consegui”, diz ela. “High é um filho, no meio do trap. Espero que todos entendam e gostem”. A música, produzida por Moyses Martins, atrai, e vicia. A textura vintage do vídeo da Hesh Kidz ajuda no direcionamento, mostrando todo o poder da Duquesa.
Bface – Vilanias
Bface é um dos artistas que podem fazer muito barulho em 2021. No seu disco de estreia, “Egoritmos”, ele dá amostras que tem diversas ideias para trocar. Entrega letras sobre a relação da arte com números, polêmicas da era da internet, crises de identidade, ansiedade, resistência e resiliência diante do racismo e autoritarismo vividos no cotidiano.
Em “Vilanias” é possível ter uma boa visão da proposta do MC, que faz diferentes fusões musicais para mandar a sobre a vida de pessoas pretas, e a cultura musical online, que afeta o psicológico dos artistas com seus algoritmos e muda o mundo da arte, traduzindo a relevância e qualidade de uma obra em números.
Foto: Danielly Oliveira