As barbearias tomaram conta do Brasil. Cada esquina tem uma, às vezes duas. É claro que há uma gourmetização na maioria dos estabelecimentos, que se transformam em “parque de diversões”. Porém, nas quebradas, a barbearia (ou cabeleireiro) continua sendo o lugar de deixar o cabelo na régua e reunir geral para a troca de ideias.
O barbeiro Koreia Mori segue a premissa, mas vai além. Ao reabrir a Koreia Barber Shop, em Jundiaí, ele decidiu reunir alguns rappers chegados seus para fazer uma mixtape. “É uma extensão do que já acontece na KBS”, diz. “A barbearia é um espaço que atua em conjunto com a arte porque é assim que eu enxergo meu trabalho. Cada corte que eu faço é artístico e resultado da ressignificação que eu faço da cultura da barbearia que não pode e nem deve ser apenas um local de cortar cabelo e fazer a barba”.
Um dos fundadores da Sound Food Gang [hoje não mais atuante no selo], Koreia fechou o projeto de 6 tracks com rimas de NIKITO, Chinv, Blackout, Yung Buda, Zemaru, Calister, Mano Will, Max B.O, niLL, Febem, Chábazz e Kado, e produções do Emika, Crimenow, Tan Beats, Will Diamonds, O Adotado e Sono TWS. “O processo criativo foi pensando de forma que cada um pudesse desenvolver seu trabalho da melhor forma”.
A arquitetura do trampo foi desenvolvida no “escuro”, sem direcionamento ou opinião do Koreia. Cada convidado fez da sua forma. “O mote destes encontros reforça e ressignificam a cultura de barbearia, ponto de partida do processo criativo tanto para o corte quanto para o desenvolvimento da arte.
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