As gêmeas franco-cubanas Ibeyi estão preparadas para mostrar o álbum Ash. E o vídeo de Deathless, uma das faixas do projeto, que tem a participação do Kamasi Washington, dá sinais de como será a linha LP. Escrita por Lisa-Kaindé aos 16 anos, logo após ser erroneamente presa pela polícia francesa, a canção leva o ouvinte a fazer uma reflexão sobre as lutas diárias.
“É como um hino para todos”, diz. “Para cada minoria. Para cada um que sente que não é nada, que se sente pequeno, que não se sente cuidado e eu quero que eles escutem a nossa música e por três minutos se sintam grandes, poderosos, imortais. Eu tenho uma grande respeito pelas pessoas que lutaram para que eu tivesse os meus direitos hoje e se todos cantarmos juntos ‘somo imortais, ’ eles estarão vivendo através de nós em mundo melhor.”
Na abordagem de Ash, elas priorizam o papel da mulher na sociedade, espiritualidade, ativismo e racismo. A sonoridade faz a junção de pop, hip-hop, influências de música eletrônica e sons tradicionais do Yorùbá. Ele diverge liricamente do primeiro álbum de Lisa-Kaindé e Naomi. É mais politizado e crítico que o antecessor. Mas não deixa de lado as referências culturais das irmãs.
Richard Russell é o responsável pela produção de Ash, que é composto por doze faixas. Além de Kamasi, o disco também tem a presença de Mala Rodriguez, Chilly Gonzales, Meshell Ndegeocello. Na sequência da estreia do LP, Ibeyi começa uma turnê mundial que vai passar por alguns continentes até a metade de novembro.