Do sudoeste de Londres, uma região com nigerianos, migrantes do Chade e franceses, Arlo Parks primeiro aprendeu a falar francês, depois veio o inglês. Quieta, ela imergiu no mundo da escrita, criando contos de fantasia, e mais tarde se apaixonou pela poesia de palavras faladas, lendo poetas americanos como Ginsberg e Jim Morrison e assistindo a antigas apresentações do Chet Baker no YouTube. “Eu escreveria histórias tão detalhadas que você poderia prová-las, mantendo a energia e a vida do hip-hop que eu amava”.
Atualmente, ela faz referência a Nayyirah Waheed, Hanif Abdurraqib e Iain S. Thomas como seus poetas modernos favoritos. Seus trabalhos também são influenciados pelos livros “The Bell Jar”, de Sylvia Plath, e “Norwegian Wood”, de Haruki Murakami. “A maneira como Murakami escreve nesse livro é como aspiro escrever minhas músicas; corajosa e sensível e humana”.
Arlo começou a ascender no início de 2019 com “Cola”. Ao final dos 12 meses, a cantora já tinha uma compilação de singles, intitulada “Super Sad Generation”, que foi incluída foi destaque na cobiçada BBC Sound Poll, se destacou na NME, DIY, Dazed, Hunger, Gay Times, Evening Standard, Metro, Dork e VEVO, encabeçou seu primeiro show em Londres, tocou para uma multidão lotada em Glastonbury, estreou ao vivo na Europa e embarcou em duas turnês de apoio com Loyle Carner e Jordan Rakei.
Nas suas músicas, Parks une referências que acompanhou na infância, como Fela Kuti, Water, Otis Redding e Sittin On The Dock Of The Bay, com descobertas da adolescência, incluindo King Krule, e referências mais recentes do rap e rock: Kendrick Lamar, MF Doom e Earl Sweatshirt, Jimi Hendrix, Shilpa Ray e David Bowie.
A sedutora “Black Dog” reflete muito bem a sonoridade e a poesia dela. Tem sentimento. É reflexiva. Mostra que é necessário cuidar da mente nos tempos de crise. Não por acaso, Arlo Parks se tornou embaixadora da Campaign Against Living Miserably (CALM), um movimento contra o suicídio no Reino Unido. “Deve fazer com que as pessoas que estão lutando se sintam menos isoladas e inicie uma conversa em torno da prevalência de problemas de saúde mental no mundo de hoje”.
Antes desse trabalho, Arlo apresentou “Eugene”, juntamente com um vídeo dirigido por Loyle Carner e seu irmão Ryan (The Coyle-Larner Brothers). A música tem sido a mais bem-sucedida até hoje, acumulando 5.000.000 de streams e participando da cobiçada playlist da (BBC) Radio 1.
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