“All Eyes On Me” (todos os olhos em mim) é o quarto álbum do Tupac. Nele, o MC fala da sua “Thug Life”, dos problemas que se envolveu, amigos que perdeu e a atenção que chamou pra si mesmo. Todo mundo acompanhando de perto qual seria o próximo passo dado, o problema causado, a polêmica e tudo o mais que Tupac estava sujeito a fazer. Sempre era observado e julgado por ser quem era.
Emicida, de certa forma, não foge do estereótipo. Está sendo observado, tipo o Brown no Instagram. A oposição sempre está de campana esperando a oportunidade. Sendo preto, esse “monitoramento” aumenta 200%. Na inédita “Todos Os Olhos Em Nóiz”, Emicida fala sobre essa “perseguição”. Karol Conka o acompanha.
“Nunca passamos batido, principalmente em lugares bacanas, frequentados por gente rica. Ali isso se intensifica, se multiplica por mil”, afirma. “E o que fazemos? É tipo aquele funk da Valeska Popozuda, ‘Late que Eu tô Passando’. Pensamos: olha mesmo! Isso não me assusta porque desde quando eu não era nada vocês já faziam isso, então já que vocês não vão tirar os olhos de nóiz, eu vou brilhar pra cegar, bater de frente mesmo e estar em todos os lugares bons que julgam não ser pra alguém como eu”.
A música faz parte do DVD “10 Anos de Triunfo“, que também teve o seu áudio disponibilizado no Spotify. A versão física está prevista para maio.
*Foto: José de Holanda
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